Luanda -
Os dois principais partidos da oposição angolana, UNITA e CASA-CE, criticaram,
em declarações à Lusa, o anúncio feito hoje em Luanda pelo Presidente José
Eduardo dos Santos, do fim da parceria estratégica com Portugal.
Fonte:
Lusa
Club-k.net
Vitorino
Nhany, secretário-geral da União Nacional para a Independência Total de Angola
(UNITA), disse à Lusa que o anúncio representa uma retaliação contra Portugal.
"Acredito que Portugal esteja a denunciar alguns actos de corrupção e para um Estado corrupto isto não cai bem, esta é a única conclusão que posso retirar da reação do Presidente", disse.
Nhany, que também é deputado, defendeu a realização da primeira cimeira bilateral, que chegou a ser inicialmente prevista para o último trimestre deste ano e foi agora adiada para fevereiro de 2014.
"Acho que sim (que se deve realizar a cimeira), porque temos laços históricos de amizade e cooperação", considerou.
O secretário-geral da UNITA defendeu que "o mais importante é que sejam dirimidos todos os problemas que afectem as duas partes para que de facto se faça uma cooperação positiva".
Abel Chivukuvuku, presidente do segundo maior partido da oposição, a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), considerou que Portugal e Angola mantêm "relações imaturas".
"Eu já comentei no passado sobre a natureza da relação Angola-Portugal, que considero uma relação imatura, porque temos níveis diferentes de desenvolvimento democrático e nem sempre percebemos que esse nível diferente de desenvolvimento democrático cria essas diferenças", disse à Lusa.
Segundo Abel Chivukuvuku, enquanto que em Angola fazer críticas ao Presidente é considerado crime, em Portugal não é.
"Nós aqui podemos criticar como quisermos o Passos Coelho, não afecta as relações entre Angola e Portugal, lá, se se critica o José Eduardo, afecta as relações", exemplificou, considerando que se trata de uma "relação imatura que precisa de crescer, que precisa de ganhar estatura para que todos esses pequenos cíclicos problemas de interpretação não sejam um travão ao próprio processo democrático e às relações entre os dois países".
O líder da CASA-CE defendeu, contudo, que Portugal e Angola devem manter uma parceria estratégica.
"Há condições concretas de relação familiar, há muitos angolanos com familiares em Portugal e portugueses com familiares aqui, temos a língua comum, temos fatores culturais comuns. Há vários fatores que são propiciadores de uma relação estratégica", disse.
A concluir, Chivukuvuku disse ser agora preciso que "os actores (políticos) ganhem maturidade para perceber também que os diferentes níveis de processos democráticos é que fazem com que ciclicamente (...) haja de facto essas dificuldades".
O Presidente José Eduardo dos Santos anunciou o fim da parceria estratégica com Portugal durante o discurso que proferiu hoje de manhã em Luanda, na Assembleia Nacional, sobre o Estado da Nação.
"Acredito que Portugal esteja a denunciar alguns actos de corrupção e para um Estado corrupto isto não cai bem, esta é a única conclusão que posso retirar da reação do Presidente", disse.
Nhany, que também é deputado, defendeu a realização da primeira cimeira bilateral, que chegou a ser inicialmente prevista para o último trimestre deste ano e foi agora adiada para fevereiro de 2014.
"Acho que sim (que se deve realizar a cimeira), porque temos laços históricos de amizade e cooperação", considerou.
O secretário-geral da UNITA defendeu que "o mais importante é que sejam dirimidos todos os problemas que afectem as duas partes para que de facto se faça uma cooperação positiva".
Abel Chivukuvuku, presidente do segundo maior partido da oposição, a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), considerou que Portugal e Angola mantêm "relações imaturas".
"Eu já comentei no passado sobre a natureza da relação Angola-Portugal, que considero uma relação imatura, porque temos níveis diferentes de desenvolvimento democrático e nem sempre percebemos que esse nível diferente de desenvolvimento democrático cria essas diferenças", disse à Lusa.
Segundo Abel Chivukuvuku, enquanto que em Angola fazer críticas ao Presidente é considerado crime, em Portugal não é.
"Nós aqui podemos criticar como quisermos o Passos Coelho, não afecta as relações entre Angola e Portugal, lá, se se critica o José Eduardo, afecta as relações", exemplificou, considerando que se trata de uma "relação imatura que precisa de crescer, que precisa de ganhar estatura para que todos esses pequenos cíclicos problemas de interpretação não sejam um travão ao próprio processo democrático e às relações entre os dois países".
O líder da CASA-CE defendeu, contudo, que Portugal e Angola devem manter uma parceria estratégica.
"Há condições concretas de relação familiar, há muitos angolanos com familiares em Portugal e portugueses com familiares aqui, temos a língua comum, temos fatores culturais comuns. Há vários fatores que são propiciadores de uma relação estratégica", disse.
A concluir, Chivukuvuku disse ser agora preciso que "os actores (políticos) ganhem maturidade para perceber também que os diferentes níveis de processos democráticos é que fazem com que ciclicamente (...) haja de facto essas dificuldades".
O Presidente José Eduardo dos Santos anunciou o fim da parceria estratégica com Portugal durante o discurso que proferiu hoje de manhã em Luanda, na Assembleia Nacional, sobre o Estado da Nação.
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