sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A cultura do medo. Felix Miranda




Dizia o sociólogo Virgílio: a não se realizar as manifestações “pacíficas”, previstas contra este acto sórdido e só defendido por gente também depravada, 1 - O MPLA sai mais uma vez extremamente fortificado, pois vai continuar a vingar a sua política de 38 anos baseada na repressão, na caça as bruxas, na diabolização e na intolerância sem limites, tudo na lógica do L’Etat C’est Moi – o Estado Sou Eu, e ninguém mais tuge, nem muge; 2 – Os angolanos podem baixar os braços, nada mais vai apoquentar JES e o MPLA no poder; absolutamente nada, salvo se eles próprios se fartarem e por si disserem, basta. Como isso é o mesmo que acreditar no impossível, aqui tem-se a escolher os caminhos a percorrer: “ceder a chantagem ou lutar pela liberdade que só se alcance através da firmeza de espírito, lucidez de consciência patriótica e determinação na luta constante”, asseverou Virgílio.

Não somos nunca apologistas da manifestação, mas já farta vez fizemos alusão, esgotado o espaço do dialogo, as manifestações em todo o mundo têm servido de pedra de toque para as transformações socioeconómicas positivas, servem de alertas às más condutas governativas, abusos de poder e advertem a reacções de massas piores ou revoluções muito mais violentas. Pouco importa quem no fim saia vencedor, mas verdade porém, muito mais sangrentas e naturalmente prejudiciais para o povo em si desgraçado e para o país em franca ascensão.

A atitude inverosímil do MPLA, aliás característica de todos os partidos de índole comunista stalinista, como a FRELIMO em Moçambique (alma gémea do MPLA), a ZANU-PF de Robert Mugabe no Zimbabue ou do Primo Ditador da Guiné Equatorial Obiang Nguema, no poder desde 1979, é parte de uma estratégia da inclusão condicionada e envenenada de ex-beligerantes, a imagem da (Pax Romana), fundamentada na submissão cega e muda aos preceitos doutrinais civilizacionais da cultura dominante e aceitação sem condições da Ordem Estabelecida. “Ninguém refila’, ou obedeces ou morres! E os ditames são: “Ante as matracas e os porretes das forças de repressão, responda com diplomacia; ante o roubo de resultados eleitorais nas urnas, tenha paciência; ante o desvio dos fundos públicos, cale a boca e ninguém refila”. É desta forma que o MPLA sobreviveu os 38 anos, impondo-nos esta cultura de servilismo e subserviência, durante todos esses anos negou aos povos o direito inalienável a vida, a liberdade para a felicidade e se não for travado, assim será mais outras dezenas de anos.

Esta fruta não cairá madura, jamais.

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