sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Moçambique. CTA diz que empresários estrangeiros estão a abandonar o País (#canalmoz)


Por causa dos raptos e o espectro de guerra civil
Maputo (Canalmoz) – A confederação das Associações Económicas (CTA) diz que o clima de insegurança causado pela onda de raptos e o espectro de guerra civil que se está a assistir, empurraram o País para uma “situação insustentável” e muitos empresários estrangeiros estão a abandonar o País.
Num comunicado emitido esta quinta-feira, o sector privado diz claramente que “Esta situação é insustentável” e apela aos “beligerantes” a se entenderem. “Vários colegas do sector empresarial já se viram obrigados a abandonar o país, familiares de trabalhadores dos grandes projectos abandonam o país. Este clima não é saudável à atracção de investimentos, e por essa via à criação do tão almejado emprego no país”.
Os empresários dizem em comunicado que os prejuízos que a actual situação está a causar, a nível da comunidade empresarial poderão degenerar em grave crise económica, pois “as empresas têm várias obrigações por cumprir, nomeadamente, financeiras, devido aos empréstimos contraídos junto à banca; pagamentos de salários a milhares de trabalhadores; seguranças dos seus trabalhadores cuja actividade os obriga a escalar a zona centro do país por via rodoviária, incluindo o transporte de produtos agrícolas produzidos na zona norte e centro cujos mercados se encontram no sul, abastecimento da zona centro e norte com produtos provenientes da África do Sul e da zona sul”.
Segundo a CTA, o sector de transporte, o qual participa com cerca de 13% no Produto Interno Bruto, será dos primeiros a ressentir-se, porquanto a circulação Norte-Sul está condicionada ou interrompida.
A redução da actividade dos transportes tem impacto directo na contribuição do sector no PIB, bem como indirecto dado servir de elo de ligação de diferentes sectores e aproximando os pontos de produção aos do consumo. “A imagem do País no estrangeiro vai deteriorar-se, impactando negativamente nas diferentes parcerias que o empresariado nacional vem estabelecendo a nível internacional, reconhecido o défice interno de recursos para o financiamento aos investimentos e a necessidade de transferência de conhecimento que ocorre através dessas parcerias ou joint venture.
“Reconhecendo que é possível que todas as partes envolvidas nesta situação, nomeadamente, o Governo, os Partidos Políticos e Sociedade Civil, cheguem a algum acordo de compromisso, a CTA em nome de Sector Privado operando em Moçambique, pede a resolução imediata do diferendo que está paulatinamente conduzindo o país a um espectro de guerra a que os Moçambicanos não querem voltar a viver” conclui o comunicado do sector privado. (Redacção)

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