terça-feira, 28 de julho de 2009

Breve História do Terrorismo Bancário (29)


21.03.2009 - 00h05 - Luis, Almada
O actual papa e o anterior estão ainda envolvidos no caso do Banco Ambrosino.

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Em 1976, Paulo VI sondou um marchand franco-judeu, para leiloar a Pietá. As finanças do Vaticano estavam falidas, consequência de séculos de pilhagens e má gestão. As financas do Vaticano foram afectadas pelos contactos entre o cardeal Marcinkus e dois banqueiros italianos: Michele Sindona, ligado à máfia siciliana, e Roberto Calvi, membro da sociedade maçônica Propaganda-2.

Marcinkus, que levou para o túmulo muitos segredos sobre as finanças do Vaticano, era conhecido como "o banqueiro de Deus", pela liberdade e autonomia de que gozou. Dirigiu durante quase 20 anos - de 1971 a 1989 - o Instituto de Obras para a Religião, o "Banco do Papa". Após deixar o Vaticano sem reservas, depois de em 1984 pagar 240 milhões de dólares aos credores do Ambrosiano, Marcinkus viveu em exílio interno no Vaticano, após ser investigado pela Justiça italiana.

Criticado por ter feito negócios com pessoas ligadas à máfia e que lavavam dinheiro em off-shores, Marcinkus foi protegido por este e pelo papa anterior, que sempre lhe deram imunidade diplomática. Não tem pois o papa nenhuma autoridade para pregar moral a ninguém.

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