quinta-feira, 30 de julho de 2009

Campos de concentração nazis que parecem de Luanda. Birkenau




«Visita ao campo de concentração de Birkenau
Os caminhos de ferro assumiam um papel preponderante no transporte das vítimas para os campos de concentração. Quando os prisioneiros com destino a Birkenau saíam do comboio, já estavam dentro do campo e a fuga era impossível. Pouco antes da guerra acabar a Cruz Vermelha Suíça foi alertada para a existência de vários campos de concentração nas imediações de Auschwitz. Como prova documental foi enviada uma fotografia aéra e a única petição era no sentido da destruição e eliminação das vias férreas que facilitavam o transporte dos presos. A Cruz Vermelha parece nunca ter dado importância a este pedido e, durante toda a guerra, apenas se deslocaram uma única vez a Auschwitz, visitando apenas os blocos que os Nazis quiseram mostrar sem nunca terem falado com prisioneiro algum.

1 - Entrada em Birkenau. O envidraçado superior do portão corresponde à área habitada pelo homem que controlava o campo de concentração. Dali, dado tratar-se de uma planície, tinha-se uma visão completa e abrangente do campo.

2 - Logo a seguir à entrada do campo de Birkenau pode observar-se uma infindável linha de caminho de ferro, pavilhões de ambos os lados e ao fundo as árvores que serviam para esconder as chaminés dos fornos crematórios.

3 - Em primeiro plano, a entrada para um abrigo subterrâneo utilizado pelos Nazis para se defenderem dos ataque aéreos. Como forma de impedir que os prisioneiros fugissem do campo de Birkenau, existia um fosso de água com 2 metros de profundidade à volta do campo. Caso alguém o conseguisse transpôr, teria de saltar a rede da vedação exterior, o que era impossível, dado esta se encontrar electrificada, pelo que quem passe o fosso depois morria electrocutado.

4 - Parte do que resta de uma das alas do campo de concentração de Birkenau.

5 - Quando os Nazis pressentiram que a guerra estava perdida e que brevemente o mundo descobriria as atrocidades por eles cometidas, incendiaram os pavilhões do campo de concentração de Birkenau. Como estes eram de madeira, não foi difícil o fogo atear e alastrar. O único contratempo foi que estes factos passaram-se no mês de Janeiro, num país acentuadamente frio e onde a neve é abundante nessa época, pelo que ainda restaram alguns vestígios dos pavilhões.

6 - Cada 3 chaminés correspondem a um pavilhão que albergava 600 prisioneiros.

7 - Interior de um dos pavilhões que restaram. Em cada nível do beliche dormiam 8 pessoas, o que só era possível em virtude do peso médio por adulto ser apenas de 30 Kg. Os prisioneiros tinham uma péssima e escassa alimentação, pelo que sofriam de desinteria crónica. O esforço físico a que eram sujeitos todos os dias era enorme: a maior parte deles fazia o percurso de ida e volta a pé, para uma fábrica de borracha distante cerca de 13 Km, debaixo de temperaturas que atingiam os 30 graus negativos e tinham que trabalhar durante todo o dia. A hora de dormir era a mais esperada. Mas aqueles mais castigados durante o dia não tinham força para subirem para a parte superior dos beliches e passavam a noite a suportar a diarreia proveniente daqueles que estavam por cima.

8 - Instalações sanitárias do campo de concentração de Birkenau. Por cada 3 pavilhões (1800 prisioneiros) existia uma instalação sanitária (W.C.) que não tinha uma afluência exagerada, pois o segundo e terceiro pavilhões ficavam longe e, em função da desinteria crónica que sofriam, não tinham tempo para chegar às instalações sanitárias. Os excrementos humanos eram aproveitados por um grupo específico de prisioneiros, que tinha a missão de recolher todos os excrementos para serem transformados em gás. Vários judeus, antigos prisioneiros deste campo de Birkenau, que resistiram à guerra e às torturas, tiveram a coragem de visitar este local onde tinham sido escravizados. Um deles deu como explicação de ter sobrevivido o facto de pertencer ao grupo de recolha de escrementos, pois nunca havia saído para o exterior do campo para ir trabalhar para a fábrica de borracha.»

http://www.citi.pt/citi_2005_trabs/2GuerraMundial/new_page_10.htm

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