Israel sobreviveu às represálias assírias, mas o reino de Pecaj reduziu-se aos arredores de Samaria.
CARLOS IVORRA
O descontentamento deu pé a um golpe de estado pelo que foi proclamado rei o general Oseas, que logrou a aprovação da Assíria comprometendo-se a pagar o correspondente tributo.
Em 730 o rei núbio Pianji, sucessor de Kashta, conquistou o Delta do Nilo, com o que se converteu em rei de um Egipto unido de novo. Se lhe considera o primeiro rei da XXV dinastia. Na realidade pequenas zonas do baixo Egipto ficaram debaixo do controlo de reis nativos, englobados numa XXIV dinastia.
Nesta mesma data surgiu um conflito na Grécia. Ao oeste de Esparta, no Peloponeso, estendia-se a região de Messana. Os dórios que se estabeleceram na Messana misturaram-se com a população nativa, ao contrário do que sucedeu em Esparta, pelo que os espartanos depreciavam os seus vizinhos. Não conhecemos os detalhes, mas em 730 iniciou-se a Primeira Guerra Messana, com uma invasão repentina por parte de Esparta. Depois de alguns anos de luta, os messanos, conduzidos pelo seu rei Aristodemo, viram-se obrigados a parapeitarem-se no monte Itome, um pico de uns 800 m. de altura, onde resistiram alguns anos mais.
Entretanto Teglatfalasar III dirigia a sua atenção até à Babilónia, que agora estava governada por um rei caldeu. Quando este morreu marchou sobre a cidade e proclamou-se ele mesmo rei com o nome de Pulu (talvez o seu verdadeiro nome). Esta união foi corroborada nos céus como era habitual, de modo que o deus assírio Asur obtuve a supremacia sobre o deus babilónico Marduk.
Teglatfalasar III morreu em 727 e foi sucedido pelo seu filho Salmanasar V. O Egipto observava com inquietude o progresso da Assíria. Temia que em qualquer momento os assírios pudessem chegar às suas fronteiras, assim que dedicou-se a apoiar todo o intento de rebelião contra o Império. A morte do rei era o melhor momento possível para uma rebelião, assim que o rei egípcio induziu Oseas de Israel a rebelar-se. Este aceitou a proposta e negou-se a pagar o tributo pactuado. Em 725 Salmanasar V sitiou a Samaria.
(Carlos Ivorra, é professor na Universidade de Valência, Espanha. Faculdade de Economia. Departamento de Matemáticas para a Economia e a Empresa.)
Traduzido do espanhol.
Imagem: WIKIPEDIA
CARLOS IVORRA
O descontentamento deu pé a um golpe de estado pelo que foi proclamado rei o general Oseas, que logrou a aprovação da Assíria comprometendo-se a pagar o correspondente tributo.
Em 730 o rei núbio Pianji, sucessor de Kashta, conquistou o Delta do Nilo, com o que se converteu em rei de um Egipto unido de novo. Se lhe considera o primeiro rei da XXV dinastia. Na realidade pequenas zonas do baixo Egipto ficaram debaixo do controlo de reis nativos, englobados numa XXIV dinastia.
Nesta mesma data surgiu um conflito na Grécia. Ao oeste de Esparta, no Peloponeso, estendia-se a região de Messana. Os dórios que se estabeleceram na Messana misturaram-se com a população nativa, ao contrário do que sucedeu em Esparta, pelo que os espartanos depreciavam os seus vizinhos. Não conhecemos os detalhes, mas em 730 iniciou-se a Primeira Guerra Messana, com uma invasão repentina por parte de Esparta. Depois de alguns anos de luta, os messanos, conduzidos pelo seu rei Aristodemo, viram-se obrigados a parapeitarem-se no monte Itome, um pico de uns 800 m. de altura, onde resistiram alguns anos mais.
Entretanto Teglatfalasar III dirigia a sua atenção até à Babilónia, que agora estava governada por um rei caldeu. Quando este morreu marchou sobre a cidade e proclamou-se ele mesmo rei com o nome de Pulu (talvez o seu verdadeiro nome). Esta união foi corroborada nos céus como era habitual, de modo que o deus assírio Asur obtuve a supremacia sobre o deus babilónico Marduk.
Teglatfalasar III morreu em 727 e foi sucedido pelo seu filho Salmanasar V. O Egipto observava com inquietude o progresso da Assíria. Temia que em qualquer momento os assírios pudessem chegar às suas fronteiras, assim que dedicou-se a apoiar todo o intento de rebelião contra o Império. A morte do rei era o melhor momento possível para uma rebelião, assim que o rei egípcio induziu Oseas de Israel a rebelar-se. Este aceitou a proposta e negou-se a pagar o tributo pactuado. Em 725 Salmanasar V sitiou a Samaria.
(Carlos Ivorra, é professor na Universidade de Valência, Espanha. Faculdade de Economia. Departamento de Matemáticas para a Economia e a Empresa.)
Traduzido do espanhol.
Imagem: WIKIPEDIA
Sem comentários:
Enviar um comentário