Estima-se que aqui pereceram mais de cinqüenta mil pessoas, vítimas de fome.
Origem: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 51° 1' 20" N, 11° 14' 53" O
Buchenwald foi um campo de concentração Nazi localizado no actual estado da Turíngia (Thüringen), no leste da Alemanha.
Erguido na colina de Ettersberg, a cerca de oito quilômetros do centro de Weimar, constituiu-se num campo de trabalhos forçados para indivíduos considerados inimigos do nazismo, como Comunistas, Judeus, Testemunhas de Jeová, Ciganos e homossexuais. O lema sobre o seu portão era Jedem das seine (A cada um o seu). Voltado para a produção de armamentos, funcionou de Julho de 1937 a Abril de 1945, por aqui tendo passado mais de duzentos e cinqüenta mil detentos. Embora não tenha sido um campo de extermínio, a exemplo de Auschwitz, na Polônia, onde existiam câmaras de gás, estima-se que aqui pereceram mais de cinqüenta mil pessoas, vítimas de fome, doenças, assassinatos e violência arbitrária dos soldados da Schutzstaffel (SS).
O primeiro comandante do campo foi Karl Otto Koch, cuja segunda mulher Ilse ficou conhecida como "A bruxa de Buchenwald" (Die Hexe von Buchenwald), uma das figuras mais cruéis do Holocausto.
Matanças massivas de prisioneiros de guerra tiveram lugar no campo e muitos prisioneiros morreram como resultado de experiências médicas ou foram vítimas de actos perpetrados pelas SS.
O campo foi também local do teste ilegal em grande escala de vacinas contra a epidemia do tifo em 1942 e 1943, ministradas a 729 prisioneiros, dos quais 280 morreram em resultado.
Devido à resistência que resultou das experiências em barracões onde os prisioneiros viviam lado a lado em pouco espaço, o vírus que se desenvolveu no Bloco matou mais pessoas e infectou mais longamente do que o tifo normal.
O campo foi em grande parte evacuado pelos Nazis à medida que as tropas aliadas se aproximavam e foi finalmente libertado pelas tropas do 3° Exército estadunidense em 11 de Abril de 1945, tendo havido resistência mínima.
Após 1945 o campo ficou sob a administração da antiga União Soviética, que aqui manteve, por sua vez, 28 mil prisioneiros de guerra, entre os quais nazistas. Sete mil vieram a falecer por doenças e por inanição.
A partir da década de 1950 as antigas instalações começaram a ser demolidas. Desde então pouco foi preservado na área do campo. Das primitivas instalações restam atualmente apenas algumas, como os fornos crematórios, destinados aos prisioneiros mortos, e em frente aos mesmos, as ruínas de pequeno zoológico, destinado a entreter os militares à época. À entrada do campo, resta ainda o bunker onde eram mantidos e torturados os prisioneiros que desobedeciam às rígidas normas da SS. O relógio na sua torre mostra aos visitantes o horário das 15:15h, momento da libertação pelas tropas norte-americanas, quando se iniciou o resgate de 21 mil pessoas, entre as quais 900 crianças.
Atualmente, o que resta do campo preservado constitui-se num memorial dedicado às vítimas de seu passado, sob a administração da Fundação de Buchenwald e Mittelbau-Dora.
Prisioneiros famosos
Visita do senador americano Alben W. Barkley a Buchenwald, em 24 de Abril de 1945.
Albert Kuntz - deputado no Parlamento da Prússia
Alexander Ulrych - político polaco
Bruno Apitz - autor do romance Nackt unter Wölfen ("Nú entre lobos")
Bruno Bettelheim - prestigiado psicólogo judeu norte-americano de origem austríaca, com excelentes trabalhos na área da psicologia infantil, em especial na compreensão do autismo infantil
Curt Herzstark
Elizer Wiesel, mais conhecido como Elie Wiesel - Sobrevivente e Prémio Nobel da Paz em 1986. Esteve também em Aushwitz. (sétimo a contar da esquerda na primeira foto do artigo)
Emil Carlebach - mais tarde redator do jornal diário alemão
Ernst Thälmann - líder do Partido Comunista alemão
Frankfurter Rundschau
Ernst Wiechert - escritor, autor do romance Der Totenwald
Eugen Kogon
Franz Leitner
Imre Kertesz - escritor húngaro, Prémio Nobel da Literatura de 2002
Jorge Semprún - escritor
Jura Soyfer
Léon Blum - político francês
Leopold Engleitner - nascido em 23 de Julho de 1905 é o mais idoso sobrevivente Objetor de consciência e Testemunha de Jeová
Mafalda de Savoya - filha do rei italiano Victor Emanuel III, aqui falecida
Max Hamburger
Paul Morgan - aqui falecido em 1938, vítima de pneumonia
Paul Schneider - o "Pregador de Buchenwald"
Rudi Arndt
Stefan Zweig - quando de sua libertação tinha apenas quatro anos de idade
Theo Neubauer
Walter Krämer - deputado do Partido Comunista alemão no Parlamento da Prússia
Werner Hilpert - mais tarde líder político da CDU Hessen
Willi Bleicher - líder do sindicato IG Metall
Wilhelm Hammann - prisioneiro mais velho do bloco das crianças, mais tarde sub-prefeito de Groß-Gerau
Reinhold Lochmann 1914-2008
Imagens: Buchenwald em Abril de 1945, fotografia tirada após a libertação do campo pelas tropas americanas
Origem: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 51° 1' 20" N, 11° 14' 53" O
Buchenwald foi um campo de concentração Nazi localizado no actual estado da Turíngia (Thüringen), no leste da Alemanha.
Erguido na colina de Ettersberg, a cerca de oito quilômetros do centro de Weimar, constituiu-se num campo de trabalhos forçados para indivíduos considerados inimigos do nazismo, como Comunistas, Judeus, Testemunhas de Jeová, Ciganos e homossexuais. O lema sobre o seu portão era Jedem das seine (A cada um o seu). Voltado para a produção de armamentos, funcionou de Julho de 1937 a Abril de 1945, por aqui tendo passado mais de duzentos e cinqüenta mil detentos. Embora não tenha sido um campo de extermínio, a exemplo de Auschwitz, na Polônia, onde existiam câmaras de gás, estima-se que aqui pereceram mais de cinqüenta mil pessoas, vítimas de fome, doenças, assassinatos e violência arbitrária dos soldados da Schutzstaffel (SS).
O primeiro comandante do campo foi Karl Otto Koch, cuja segunda mulher Ilse ficou conhecida como "A bruxa de Buchenwald" (Die Hexe von Buchenwald), uma das figuras mais cruéis do Holocausto.
Matanças massivas de prisioneiros de guerra tiveram lugar no campo e muitos prisioneiros morreram como resultado de experiências médicas ou foram vítimas de actos perpetrados pelas SS.
O campo foi também local do teste ilegal em grande escala de vacinas contra a epidemia do tifo em 1942 e 1943, ministradas a 729 prisioneiros, dos quais 280 morreram em resultado.
Devido à resistência que resultou das experiências em barracões onde os prisioneiros viviam lado a lado em pouco espaço, o vírus que se desenvolveu no Bloco matou mais pessoas e infectou mais longamente do que o tifo normal.
O campo foi em grande parte evacuado pelos Nazis à medida que as tropas aliadas se aproximavam e foi finalmente libertado pelas tropas do 3° Exército estadunidense em 11 de Abril de 1945, tendo havido resistência mínima.
Após 1945 o campo ficou sob a administração da antiga União Soviética, que aqui manteve, por sua vez, 28 mil prisioneiros de guerra, entre os quais nazistas. Sete mil vieram a falecer por doenças e por inanição.
A partir da década de 1950 as antigas instalações começaram a ser demolidas. Desde então pouco foi preservado na área do campo. Das primitivas instalações restam atualmente apenas algumas, como os fornos crematórios, destinados aos prisioneiros mortos, e em frente aos mesmos, as ruínas de pequeno zoológico, destinado a entreter os militares à época. À entrada do campo, resta ainda o bunker onde eram mantidos e torturados os prisioneiros que desobedeciam às rígidas normas da SS. O relógio na sua torre mostra aos visitantes o horário das 15:15h, momento da libertação pelas tropas norte-americanas, quando se iniciou o resgate de 21 mil pessoas, entre as quais 900 crianças.
Atualmente, o que resta do campo preservado constitui-se num memorial dedicado às vítimas de seu passado, sob a administração da Fundação de Buchenwald e Mittelbau-Dora.
Prisioneiros famosos
Visita do senador americano Alben W. Barkley a Buchenwald, em 24 de Abril de 1945.
Albert Kuntz - deputado no Parlamento da Prússia
Alexander Ulrych - político polaco
Bruno Apitz - autor do romance Nackt unter Wölfen ("Nú entre lobos")
Bruno Bettelheim - prestigiado psicólogo judeu norte-americano de origem austríaca, com excelentes trabalhos na área da psicologia infantil, em especial na compreensão do autismo infantil
Curt Herzstark
Elizer Wiesel, mais conhecido como Elie Wiesel - Sobrevivente e Prémio Nobel da Paz em 1986. Esteve também em Aushwitz. (sétimo a contar da esquerda na primeira foto do artigo)
Emil Carlebach - mais tarde redator do jornal diário alemão
Ernst Thälmann - líder do Partido Comunista alemão
Frankfurter Rundschau
Ernst Wiechert - escritor, autor do romance Der Totenwald
Eugen Kogon
Franz Leitner
Imre Kertesz - escritor húngaro, Prémio Nobel da Literatura de 2002
Jorge Semprún - escritor
Jura Soyfer
Léon Blum - político francês
Leopold Engleitner - nascido em 23 de Julho de 1905 é o mais idoso sobrevivente Objetor de consciência e Testemunha de Jeová
Mafalda de Savoya - filha do rei italiano Victor Emanuel III, aqui falecida
Max Hamburger
Paul Morgan - aqui falecido em 1938, vítima de pneumonia
Paul Schneider - o "Pregador de Buchenwald"
Rudi Arndt
Stefan Zweig - quando de sua libertação tinha apenas quatro anos de idade
Theo Neubauer
Walter Krämer - deputado do Partido Comunista alemão no Parlamento da Prússia
Werner Hilpert - mais tarde líder político da CDU Hessen
Willi Bleicher - líder do sindicato IG Metall
Wilhelm Hammann - prisioneiro mais velho do bloco das crianças, mais tarde sub-prefeito de Groß-Gerau
Reinhold Lochmann 1914-2008
Imagens: Buchenwald em Abril de 1945, fotografia tirada após a libertação do campo pelas tropas americanas
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