quinta-feira, 23 de julho de 2009

O Cavaleiro do Rei (36). Novela


Ainda existem reinos, que por vontade própria regressam, vivem, revivem, convivem voluntariosos na Idade Média.

(Caro leitor, este texto é verídico)

«Estende – se para sul da cidade Luanda. O programa este dividido em 3 partes, 3 segmentos onde novos bairros serão implantados:

1. É a plataforma que sai do Bom Jesus o bairro de Viana e vai por Benfica, até a zona do Golf. Será a vertente das casas de renda alta. Para gente com recursos. Venderão os terrenos, ai! em direito de superfície.
Varre – se qualquer possibilidade de especulação imobiliária…

(E Epok enraiveceu-se com a interminável senda analfabética… há estudantes do quarto ano de medicina que não sabem definir o que é a sida.)

De forma absoluta. Com o dinheiro que irão arrecadar ( na venda dos direitos de superfície ) criarão imfras – estruturas nessa vertente ( casas de renda alta ) e também nas zonas destinadas aos Bairros sociais. Respectivamente na zona frontal ao Golf na vertente Camama e na zona de Viana 2.

O LIXO

Tudo não passa de uma grande lixeira. Uma lixeira de palavras prometendo acabar com o lixo numa cidade cheia de lixo. Foram precisos muitos anos para finalmente compreender e passar a respeitar o lixo. É tudo uma lixeira numa cidade que já foi tida como a pérola da África. Pelo menos é o que dizem algumas pessoas.

O lixo reina em Luanda, a Capital do lixo.

Dever – se – á criar um contexto apropriado para que se atinja a vitória: criar – se condições para que as pessoas se citam motivadas a desencher a capital e como consequência produzir – se menos lixo, reformar – se a rede dos esgotos para que depois das chuvas não haja águas acumuladas. Arranjar – se formas de diminuir o excesso de areia que transformam – se em lama sempre que chove.

Também envolver – se mais as Comunas e os Municípios de Luanda nesta tarefa? Uma tarefa pesada quando divide por muitos torna – se leve, quando estes muitos têm meios e o conhecimento de como fazem a tarefa o resultado só pode ser bom.

Nos mercados tem chovido, para além das pequenas varri delas feitas pelas vendedoras, campanhas de limpeza, com vista a conterem – se as monumentais quantidades de lixo existentes dentro e arredores dos mercados. Cada vendedor é que tem de limpar o seu sitio todos as manhas, antes de montar as barracas na sua área de trabalho.

As quantidades de lixo aumentam, as vendedoras continuam sem saber aonde depositar a imundice que produzem, principalmente as proprietárias de barracas de comidas e bebidas ( latas e garrafas ).

Para que haja uma nova urbanização é necessário que haja uma analise baseada na simbiótico ( conjunto de ideias e emoções – representações – utilizadas na comunicação entre os seres e na exposição de ideias.

Os aviões saídos de vários países pausam no aeroporto “ 4 de Fevereiro”, em Luanda, despejam constantemente médias e pequenos comerciantes em busca de negócios rápidos.

Em Luanda, hoje praticamente, pode comercializar-se um pouco de tudo, de muitíssimas coisas. E como a necessidade, em qualquer parte, aguça o engenho, não há “negócios” que em Luanda não se façam. Mesmo assim, o tradicional comércio geral, com pequenas lojas, outrora espalhados pela cidade, está longe de um progresso em força. Lojas de vestuários algumas, sim. De porta aberta no coração de Luanda. Abundam, isso sim, as panelazitas. E os pequenos restaurantes. Como quem que seja, há uma grande distância ética entre as que fogem negócio a pensar, também, no que é importante a nutrição e a saúde das pessoas, e os que simplesmente chegam a Luanda dispostas a sacudir a “arvore das patacas” da nova era. Sem claro estar, olharem a meios. Deste aspecto Luanda é um verdadeiro lodaçal.»

Imagem: Angola em fotos

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