Participou num debate sobre racismo na NetReal, acessível a poucos, devido a razões compreensivas… preços Reais e irreais, péssimos, sem concorrência. A sua intervenção limitou-se apenas a dizer que: Os brancos não gostam dos mulatos nem dos negros. Os mulatos não gostam dos negros nem dos brancos. Os negros não gostam dos brancos nem dos mulatos. Não entendia o porquê de tanta hipocrisia. No computador Real procurou um artigo que lhe enviaram pelo e-mail Real. Achava muito interessante o modo como o autor abordava o racismo. Ainda mais era um súbdito do reino, que preferira o exílio no poderoso reino dos Grandes Estados Unidos. O texto apareceu no monitor Real, especialmente fabricado para o rei. Dizia:
«ABREU KUSSUYA abreukussuya@yahoo.com
Muitos dos argumentos que estão a ser feitos aqui não são inéditos no continente Africano e em vários outros lugares aonde existe uma disputa do poder entre raças, grupos étnicos etc. No continente Africano, em países Anglófonos, por exemplo, o processo da “Africanização” do sistema governamental e das altas escalas das empresas públicas não foi encarada positivamente por grupos que, tradicionalmente, pertenciam ao topo – os brancos e Indianos. E o descontentamento deste grupo que se sentia, de repente, destronado, manifestava-se através de argumentos que aparecem hoje neste site quando se debate o predomínio dos brancos e mulatos nas instituições Angolanas. O acrescentamento de quadros indígenas, argumentava-se, resultaria na mediocridade. Enumerava-se então os grandes defeitos do negro – a sua suposta preguiça perene; a sua incapacidade de planificar, organizar e implementar; a sua falta de pontualidade; a sua incapacidade de seguir regras e normas; a sua inabilidade de superar vícios carnais, como querer dormir com as secretarias ou dar emprego às suas amantes; o seu espírito permanente vingativo e invejoso; a sua inabilidade de captar relações abstractas de vários fenómenos relacionados ao seu trabalho; a inabilidade de pensar estrategicamente etc. A lista dos defeitos do negro é quase interminável.
2. Estes argumentos serem mesmo considerados como fazendo parte do arsenal do PRECONCEITO INTERNACIONAL. Nos Estados Unidos, o mesmo foi dito sobre os Afro-Americanos. Na Inglaterra, o mesmo foi regularmente dito sobre os Irlandeses, que só tomaram a sua independência em 1920. Os Europeus do Norte diziam as mesmas baboseiras à volta dos Italianos, Espanhóis e – claro – Portugueses. Os Japoneses, diziam a mesma coisa sobre os Chineses e Coreanos quando reinaram sobre esses povos. Os Russos – esqueçamos da propaganda comunista – diziam as mesmas coisas sobre indivíduos vindos dos estados Asiáticos da União Soviética, como o Kazaquistão. Os Indianos, para justificar o sistema de casta, aonde os Dalits (os ditos intocáveis) permanecem sempre em baixo, como os Nganguelas e Chokues em Angola, também invocam os mesmos argumentos sobre as deficiências desta classe supostamente baixa e que não é dada a mobilidade social.
3. O que é triste, neste nosso debate de Angolanos, é que os nossos irmãos mulatos ainda restam na fase da Catinga. Os pretos, para eles, cheiram a catinga, são corruptos e incompetentes; ergo, não podem assumir ou mesmo reclamar lugares de chefia no seu próprio país. Há várias razões que explicam esta arrogância tão barata do mulato Angolano. Em primeiro lugar, o preto Angolano dá muito valor ao mulato e à sua pele. Em outros países Africanos, o mulato é filho do branco, concebido em muitos casos em circunstâncias enojantes, e acabou. Nestas sociedades, só ascende o mulato que pode provar ser competente etc. Em Angola, isto já não é o caso – não há, no mundo, um indivíduo tão enfatuado consigo próprio, com uma noção do seu próprio valor tão irreflectida como o mulato de Angola! Para constatar isso, basta só uma visita a uma das capelas dos nossos compatriotas claros – como a discoteca Palos na Petrofaminta. Isto tudo advêm de uma certa veneração que o negro Angolano tem para com o mulato. Não é invulgar, em Angola, encontrar um negro licenciado, culto, sofisticadíssimo, capaz de falar varias línguas etc., que, depois de uma tarrachinha, começa logo a gaguejar perante uma mulata semianalfabeta.»
Imagem: Angola em fotos
«ABREU KUSSUYA abreukussuya@yahoo.com
Muitos dos argumentos que estão a ser feitos aqui não são inéditos no continente Africano e em vários outros lugares aonde existe uma disputa do poder entre raças, grupos étnicos etc. No continente Africano, em países Anglófonos, por exemplo, o processo da “Africanização” do sistema governamental e das altas escalas das empresas públicas não foi encarada positivamente por grupos que, tradicionalmente, pertenciam ao topo – os brancos e Indianos. E o descontentamento deste grupo que se sentia, de repente, destronado, manifestava-se através de argumentos que aparecem hoje neste site quando se debate o predomínio dos brancos e mulatos nas instituições Angolanas. O acrescentamento de quadros indígenas, argumentava-se, resultaria na mediocridade. Enumerava-se então os grandes defeitos do negro – a sua suposta preguiça perene; a sua incapacidade de planificar, organizar e implementar; a sua falta de pontualidade; a sua incapacidade de seguir regras e normas; a sua inabilidade de superar vícios carnais, como querer dormir com as secretarias ou dar emprego às suas amantes; o seu espírito permanente vingativo e invejoso; a sua inabilidade de captar relações abstractas de vários fenómenos relacionados ao seu trabalho; a inabilidade de pensar estrategicamente etc. A lista dos defeitos do negro é quase interminável.
2. Estes argumentos serem mesmo considerados como fazendo parte do arsenal do PRECONCEITO INTERNACIONAL. Nos Estados Unidos, o mesmo foi dito sobre os Afro-Americanos. Na Inglaterra, o mesmo foi regularmente dito sobre os Irlandeses, que só tomaram a sua independência em 1920. Os Europeus do Norte diziam as mesmas baboseiras à volta dos Italianos, Espanhóis e – claro – Portugueses. Os Japoneses, diziam a mesma coisa sobre os Chineses e Coreanos quando reinaram sobre esses povos. Os Russos – esqueçamos da propaganda comunista – diziam as mesmas coisas sobre indivíduos vindos dos estados Asiáticos da União Soviética, como o Kazaquistão. Os Indianos, para justificar o sistema de casta, aonde os Dalits (os ditos intocáveis) permanecem sempre em baixo, como os Nganguelas e Chokues em Angola, também invocam os mesmos argumentos sobre as deficiências desta classe supostamente baixa e que não é dada a mobilidade social.
3. O que é triste, neste nosso debate de Angolanos, é que os nossos irmãos mulatos ainda restam na fase da Catinga. Os pretos, para eles, cheiram a catinga, são corruptos e incompetentes; ergo, não podem assumir ou mesmo reclamar lugares de chefia no seu próprio país. Há várias razões que explicam esta arrogância tão barata do mulato Angolano. Em primeiro lugar, o preto Angolano dá muito valor ao mulato e à sua pele. Em outros países Africanos, o mulato é filho do branco, concebido em muitos casos em circunstâncias enojantes, e acabou. Nestas sociedades, só ascende o mulato que pode provar ser competente etc. Em Angola, isto já não é o caso – não há, no mundo, um indivíduo tão enfatuado consigo próprio, com uma noção do seu próprio valor tão irreflectida como o mulato de Angola! Para constatar isso, basta só uma visita a uma das capelas dos nossos compatriotas claros – como a discoteca Palos na Petrofaminta. Isto tudo advêm de uma certa veneração que o negro Angolano tem para com o mulato. Não é invulgar, em Angola, encontrar um negro licenciado, culto, sofisticadíssimo, capaz de falar varias línguas etc., que, depois de uma tarrachinha, começa logo a gaguejar perante uma mulata semianalfabeta.»
Imagem: Angola em fotos
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