quinta-feira, 23 de julho de 2009

O reino do terror


As críticas de Manuel Alegre surgem na sequência de uma ordem decretada na Loja do Cidadão de Faro, onde as funcionárias foram avisadas que não poderiam usar mini-saia, decotes exagerados, gangas e perfumes agressivos. Saltos altos e roupa interior de cor escura também foram considerados inadequados.
Público última hora


E cresce muito isolado um recém-criado movimento. O MPEA-Movimento Popular da Espoliação dos Angolanos. Com o MPEA, a espoliação é certa. Agora importamos conferências, então, por consenso popular decreta-se: que o reino Jingola se contemple reino das conferências das indigências.

Em Luanda não estão empresas estrangeiras, estão quadrilhas internacionais aliadas, pactuadas à quadrilha nacional. Novos lutadores, apoiantes da luta de libertação na continuação de outra atroz escravidão. A revolta demora, não sei bem porquê. E os néscios… então agora a violência não resolve nada?! Então a luta de libertação fez-se com quê? Não foi com violência não, foi com feroz terror.

Não há porto para este barco. O governo ainda não zarpou, continua ancorado, encalhado. Há meia centúria que promete a verdura da agricultura, mas não consegue plantar, apenas nos prantear. Só planta prédios destoados, despersonalizados, do generalato generalizado. É uma Nação de poetas sem noção. Radicais acompanhados por alguns sorrateiros generais. O governo está uma barcaça hipotecada. Fundiu-se na lava do vulcão que alimentou e criou. É um governo gulagui, um governo incendiário.

Agora com o assédio e a desgraça dos prédios deles, a água sumiu. É só para eles, para os prédios e estádios só deles. Enquanto eles nos governarem, os campos de concentração deles continuarão até nos exterminarem. Isto não é um governo, é uma quadrilha de dráculas, com castelos impuros, dissolutos e sangrentos. E todos os vampiros mundiais aqui desembarcam e logo instalam currais.

Aqui já deixaram de existir gentes, só agentes, só sobrevivem porcos e indigentes. Isto não é um país, é um palácio rodeado de campos de concentração. E a mão-de-obra chinesa será utilizada como exército, militares de reserva?

Já disse que isto não é um país, é um jardim zoológico com espécies animais em vias de extinção. E quantos mais analfabetos se formarem muito melhor. É muito fácil governá-los. Basta dar-lhes umas porretadas para lhes lembrar quem manda e quem deve obedecer. E todos os que estão no poder são forçosamente inteligentes e eleitos pelos seus deuses.

E com o apoio e bênção da Santa Igreja governa-se em nome de Deus deportando a demoníaca população para as tendas dos zangos. Governar é pois deportar as populações e em campos da morte as concentrar. Quando a população chegou os governantes e a FAMÍLIA reinante já cá estavam, tudo era deles. Por isso a população é inoportuna, está a mais. Está onde não pertence. Na democracia o crime compensa, convence.

Imagem: http://alemmarpeixevoador.blogspot.com/

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