Técnicos do organismo internacional
apresentam um plano para a redução dos apoios a preços de combustíveis.
Calendário, para implementar até 2020, permite poupanças significativas de
verbas que devem ser canalizadas para investimentos e apoios sociais. Sem
subsídio, gasolina custaria cerca de 111 Kz, e gasóleo, 120 Kz.
David Rodrigues
A era dos combustíveis baratos, com
preços subsidiados pelo Estado, pode estar a acabar. O Governo subiu os preços
em Dezembro, aliviando o esforço orçamental para manter o custo artificialmente
baixo, e pode repetir o movimento este ano, que vai ficar marcado, nos
primeiros meses, por fortes quebras nas receitas do petróleo.
Um documento do Fundo Monetário
Internacional (FMI), elaborado a pedido do ministro das Finanças, sugere um
calendário para a eliminação dos subsídios a preços e a canalização das verbas
libertas para investimentos públicos e, sobretudo, apoios sociais.
Se o Governo seguir a cartilha, vai
doer: sem subsídio, a gasolina custaria entre 111 Kz e 113 Kz o litro, e o
gasóleo ficaria em torno dos 120 Kz. Mas também o GPL, o petróleo iluminante,
os combustíveis leves e pesados, e o asfalto seriam afectados, a par do custo
da electricidade. A medida seria impopular, mas a verdade é que são sobretudo
os mais ricos que beneficiam dos subsídios, que consumiram no ano passado cerca
de 3,7% do PIB (480 mil milhões de Kz) - praticamente o mesmo gasto em educação
e mais 42% do que aplicado na saúde. A proposta visa e prevê um alívio do
impacto no PIB.
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