A Economist Intelligence Unit reviu em baixa a previsão de crescimento
para Angola, prevendo agora que a economia cresça apenas 3,9% este ano, face a
uma previsão inicial de 4,4%, devido aos preços do petróleo.
“Dado o
continuado enfraquecimento dos preços do petróleo, revimos em baixa a nossa
previsão de crescimento para 3,9%, face aos 4,4% iniciais, refletindo a despesa
pública mais baixa, no seguimento de uma queda dos preços do petróleo este ano,
na ordem dos 19,3% e um abrandamento no aumento da produção de petróleo”, lê-se
numa nota enviada aos investidores.
Na nota, a que a
Lusa teve acesso, os peritos da unidade de análise económica da revista
britânica The Economist consideram ainda que “a produção de petróleo deverá
elevar-se para 1,85 milhões de barris por dia em 2015″ e estimam que “uma
aceleração no ritmo da produção e uma moderação no aumento dos preços do
petróleo vão aumentar a taxa de crescimento do PIB para 5,7% em 2016, terminando
a década com uma média de 6,3% entre 2017 e 2019.
A proposta de
lei do Orçamento para 2015 prevê um crescimento da economia de 9,7%, um preço
médio do barril de petróleo bruto de 81 dólares e uma produção petrolífera
anual de 669,1 milhões de barris de petróleo, mas está a ser revista tendo em
conta a descida do preço do petróleo para valores que rondam os 40 dólares.
A elaboração do
OGE do próximo ano foi feita prevendo uma taxa de inflação de 7%, a uma taxa de
câmbio de 99,10 kwanzas por dólar, uma taxa de crescimento da moeda na base M2
de 16%, com um ‘stock’ das reservas internacionais líquidas de 23,5 mil milhões
de dólares e um défice de 7,6%.
Nos últimos dias
têm sido várias as notícias que dão conta da necessidade de rever o Orçamento,
que está bastante desajustado da realidade económica, essencialmente pela
continuada descida do preço do petróleo, que representa mais de 75% das
receitas fiscais e a quase totalidade das exportações.
LUSA
ANGOLA24HORAS
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