Manifestantes querem feriado para honrar
vítimas do Massacre da Baixa do Cassanje; governador participou em cerimónias
do dia
VOA
Pelo segundo dia consecutivo a polícia
angolana impediu uma manifestação em Malanje a favor do restabelecimento do 4
de Janeiro como feriado nacional.
Apenas quatro pessoas tentaram
manifestar-se Domingo depois de no sábado a policia ter também impedido uma
manifestação pelos mesmos organizadores.
João Canda, António Canquiense, Sampaio
Kimbanda Mwanza e Santos Manuel Kuntuala estão a ser ouvidos pelas autoridades
policiais.
Outros cidadãos que se encontravam na
zona foram também detidos.
António Canquiense disse que é intenção
do grupo agora levar o caso á embaixada de Portugal.
O “Grupo de Activistias das 18
Províncias” quer o 4 de Janeiro como feriado para honrar as vítimas do massacre
da Baixa do Cassanje durante o domínio colonial português.
“Caso eles não reintegrarem o 4 de
Janeiro como feriado nós não vamos parar, aliás, daqui há mais dias vamos
incumbir uma direcção lá para a embaixada portuguesa, vamos dar uma carta na
embaixada portuguesa para ver se chega lá no Estado português”, acrescentando
que o objectivo é a construção de “um monumento lá na Baixa de Cassanje, que é
um monumento histórico”.
Testemunhas no local disseram a
VOA que além dos manifestantes outros cidadãos foram igualmente detidos pelos
agentes da lei e da ordem.
Em Malanje, o acto provincial do
dia “Dos Mártires da Repressão Colonial” aconteceu no município do Quela, a 115
quilómetros a norte da província, presidido pelo governador Norberto Fernandes
dos Santos.
Norberto Fernandes dos Santos depositou
uma coroa de flores no túmulo das vítimas enterradas na localidade de
Teka-Dia-Kinda e participou de uma palestra sobre o 4 de Janeiro de 1961,
proferidas pelos sobas Teka Dya Kinda e Kimateca, ambos sobreviventes do
“Massacre da Baixa de Cassanje”.
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