O “aperto” financeiro em Angola,
resultado da queda das receitas do petróleo, começa já a fazer-se sentir. Os
bancos angolanos, que contam agora com menos moeda estrangeira, já começaram a
informar os clientes de restrições severas a transferências financeiras e uso
de cartões de crédito.
Um comunicado do Banco BNI aos seus
clientes, consultado pelo Africa Monitor, anuncia a suspensão imediata do
serviço de envio de remessas Moneygram, usado como alternativa ao Western
Union. Quanto aos cartões, é reduzido para 4.000 dólares por mês o limite de
utilização dos cartões VISA e Mastercard para compras e levantamentos no
exterior.
Também suspenso ficou, de imediato, o
aumento dos limites de plafond em todos os cartões de crédito, para os clientes
do Banco BNI. Quanto aos cartões pré-pagos, fica suspensa a emissão ou
renovação de VISA electron e os já existentes verão reduzidos par 4.000 dólares
mensais o limite de carregamento.
As operações documentárias de importação
ficam igualmente suspensas, quando a cobertura do pagamento ao exterior dependa
da aquisição de moeda estrangeira.
As alterações, refere o banco, decorrem
“do quadro cambial inerente à significativa baixa do preço do barril de
petróleo, que tem motivado um impacto directo na economia do país, com a
consequente escassez de divisas disponibilizadas pelo BNA aos bancos”.
As receitas petrolíferas representam
perto de 75 por cento das receitas fiscais e a quase totalidade das exportações
angolanas. Depois de ter superado os 115 dólares em junho, o barril de petróleo
tocou nos 45 dólares este mês.
Esta semana, Angola obteve financiamento
de 500 milhões de dólares da Goldman Sachs e de uma firma financeira britânica.
AM
ANGOLA24HORAS
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