sábado, 24 de janeiro de 2015

Bancos angolanos já restringem transferências e uso de cartões





O “aperto” financeiro em Angola, resultado da queda das receitas do petróleo, começa já a fazer-se sentir. Os bancos angolanos, que contam agora com menos moeda estrangeira, já começaram a informar os clientes de restrições severas a transferências financeiras e uso de cartões de crédito.
Um comunicado do Banco BNI aos seus clientes, consultado pelo Africa Monitor, anuncia a suspensão imediata do serviço de envio de remessas Moneygram, usado como alternativa ao Western Union. Quanto aos cartões, é reduzido para 4.000 dólares por mês o limite de utilização dos cartões VISA e Mastercard para compras e levantamentos no exterior.
Também suspenso ficou, de imediato, o aumento dos limites de plafond em todos os cartões de crédito, para os clientes do Banco BNI. Quanto aos cartões pré-pagos, fica suspensa a emissão ou renovação de VISA electron e os já existentes verão reduzidos par 4.000 dólares mensais o limite de carregamento.
As operações documentárias de importação ficam igualmente suspensas, quando a cobertura do pagamento ao exterior dependa da aquisição de moeda estrangeira.
As alterações, refere o banco, decorrem “do quadro cambial inerente à significativa baixa do preço do barril de petróleo, que tem motivado um impacto directo na economia do país, com a consequente escassez de divisas disponibilizadas pelo BNA aos bancos”.
As receitas petrolíferas representam perto de 75 por cento das receitas fiscais e a quase totalidade das exportações angolanas. Depois de ter superado os 115 dólares em junho, o barril de petróleo tocou nos 45 dólares este mês.
Esta semana, Angola obteve financiamento de 500 milhões de dólares da Goldman Sachs e de uma firma financeira britânica.
AM
ANGOLA24HORAS

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