Mais de mil
famílias desalojadas em 2012 continuam a viver entre duas valas de drenagem
Manuel José
VOA
Moradores da
lixeira da Coreia, desalojados da Areia Branca em 2012, pedem a intervenção do
Presidente da República para resolver a situação precária em que vivem
actualmente.
São mais de mil famílias entre duas
valas de drenagem em cabanas de chapas, que albergam entre 12 e 15 pessoas
cada.
Segundo o coordenador da favela
Francisco Castanha, já esgotaram os apelos e até hoje nada foi feito para
melhorar a sua situação. "Estamos a bater às portas e é sempre esperem,
esperem!”, lamentou.
“Estamos a viver muito mal por causa das
duas valas de drenagem que nos apertam, as impurezas, o lixo que alguns
moradores da Coreia deitam aqui, as aguas podres, é muita coisa feia
aqui", acrescentou.
Os moradores depositam agora toda a sua
esperança no Presidente da Republica.
Uma das moradoras, Jacinta João, disse
que o Presidente deveria deslocar-se ao local para dizer “meu povo venham aqui
quero falar com vocês”.
“Nunca vimos isso", disse.
Outro morador culpou os dirigentes
do MPLA pela sua situação e por “sujarem” o nome do Presidente.
“O MPLA nunca trabalhou assim,
creio que é ideia dos homens que estão à frente do partido”, disse.
“Estes homens de certeza que não têm
piedade dos outros: crianças a perderem anos lectivos, num país como este, a
viver no meio da água uma parte vai para o esgoto a outra fica mesmo aqui
estagnada, estamos muito mal!", concluiu.
Tentamos mas sem sucesso ouvir algum
responsável do partido que governa o país.
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