quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Brasil. Clima de confronto na Bahia pode levar a tragédia – adverte parlamentar



“Se o governo adoptar uma política de distensionar, isso poderá se resolver de forma pacífica. Mas, se o governo optar pelo uso da força, poderá ocorrer uma tragédia”, alerta deputado federal

Pretória (Canalmoz) – Noticias de Salvador da Bahia, dão conta que após sete dias de greve, os policiais militares da Bahia têm como principal ponto de resistência os mandados de prisão de 12 líderes do movimento. Segunda-feira (6 de Fev.), o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) conversou com os policiais amotinados no prédio da Assembleia Legislativa e disse que a posição deles é a de resistência, principalmente à ordem de prisão determinada pela Justiça, revelou Marcello Casal Jr da Agência Brasil.
“A posição dos policiais é a de resistência mesmo, e o maior ponto de tensão é a ordem de prisão de 12 líderes do movimento. Se o governo adoptar uma política de distensionar, isso poderá se resolver de forma pacífica. Mas, se o governo optar pelo uso da força, poderá ocorrer uma tragédia aqui [na Assembleia Legislativa]”, disse o deputado Ivan Valente citado pela Agência Brasil.
Dos 12 mandados de prisão, apenas um foi cumprido até agora, o do soldado Alvir dos Santos, do Batalhão de Policiamento Ambiental.
O líder do movimento, Marco Prisco, que estaria dentro da Assembleia, também está com prisão determinada pela Justiça.
O deputado Ivan Valente disse que os policiais grevistas estão portando armas pesadas e que existem crianças no local . “Estive nos primeiros andares do prédio, não fui para os andares superiores, onde estão as mulheres e as crianças, mas a informação é que há cerca de 150 crianças lá dentro”.
Os líderes do movimento também reivindicaram amnistia administrativa para os grevistas. De acordo com o deputado, eles fizeram questão de diferenciar esse tipo de amnistia da de perdão para policiais criminosos. “O que eles querem é amnistia administrativa, não amnistia para policiais que cometeram crime”, disse.
“Não há como considerar a greve ilegal visto que em toda a Bahia, nas cidades do interior e em vários pontos de Salvador, há adesão ao movimento”, completou.
O deputado declarou ainda que a Comissão de Segurança Pública do Senado deverá votar nesta terça-feira (ontem) uma visita de senadores para ajudar nas negociações.
A ocupação da Assembleia ocorreu no dia 31 de Janeiro. Não há um número exacto de quantos policiais militares grevistas estão lá dentro, mas estima-se que, entre policiais e parentes, cerca de 800 pessoas estejam no prédio, lê-se no despacho da Agência Brasil.
Na madrugada de segunda-feira, o Exército fez o cerco ao local, com 800 homens. Há também 200 policiais militares baianos, que não aderiram à greve, e 20 homens da Força Nacional. No início da noite, mulheres e crianças começaram a deixar o prédio. Por volta das 20h30, três crianças, duas meninas e um menino, conduzidas por um casal, saíram da Assembleia Legislativa. Elas foram recebidas com aplausos por centenas de parentes de policiais grevistas que estão acampados do lado de fora. Eles foram examinados pelos militares do Exército e, de acordo com informações do responsável pela comunicação da operação, tenente-coronel Márcio Cunha, apresentavam bom estado de saúde. Meia hora depois mais três mulheres e cinco crianças, sendo uma de colo, também saíram do prédio ocupado, diz a Agência Brasil. (Agência Brasil / Redacção)
Imagem: Ernesto Rodrigues/AE Policiais grevistas e a força de segurança entraram em ...
fatosenoticiasdocotidiano.blogspot.com

Sem comentários: