Ministro disse que "não há violações de
direitos humanos em Angola"
"Não há violações de direitos humanos em
Angola" - George Chikoty, Ministro das Relações Exteriores de Angola
Manuel José
VOA
Declarações do ministro das relações exteriores de Angola, Georges
Chikoti, segundo o qual não há violações de direitos humanos no país provocaram
uma áspera reacção por parte de partidos da oposição e organizações
não-governamentais.
Angola está envolvida numa campanha diplomática para entrar para o Conselho de Segurança da ONU e também para a Comissão de Direitos Humanos.
Falando em Nova Yorque Chikoti disse que “não há violação dos direitos humanos em Angola".
"Há, naturalmente, incidentes que podem, por vezes, ferir algumas pessoas, mas não há uma política de violação dos direitos humanos por parte do Governo angolano", declarou.
O jurista da associação Mãos Livres David Mendes disse que em Angola "não há liberdade de expressão”.
“Quer isso significar que a liberdade de expressão não faz parte dos Direitos Humanos? Será essa a visão do ministro?" interrogou Mendes para quem "dizer que em Angola o sistema judicial funciona e bem 'e só para quem vive numa outra Angola de utopia e não numa Angola real onde nos vivemos".
A recente detenção do jovem revolucionário Nito Alves, por não comungar com os ideais do governo 'é para Mendes um exemplo flagrante de violação de direitos humanos no país.
"Como é capaz de se justificar a prisão do jovem de dezassete anos porque é contrário à ideologia do regime angolano,” disse.
“Isto não é violação de direitos humanos? Quando se espanca e prende manifestantes!" acrescentou.
Outra activista de direitos humanos da Associação Justiça Paz e Democracia, Lucia da Silveira defende que o governo olhe mais para dentro e deixe de se preocupar apenas com a imagem de Angola no exterior.
"É importante que o governo pretenda dar este passo mas é necessário que não seja simplesmente a prática corrente do governo querer uma imagem internacional boa mas a nível interno não faz nada para respeitar os direitos humanos no país".
Essa ideia é partilhada pelo Deputado da UNITA, Raul Danda que disse que
“o governo devia preocupar-se primeiro em resolver os muitos problemas que os angolanos passam, antes de querer se virar para outras coisas".
"As pessoas hoje em Angola ainda não tem se quer liberdade de se pronunciarem sem correr risco de serem presas, intimidadas ou ameaçadas por dá cá aquela palha," acrescentou.
Outro deputado pela bancada parlamentar do PRS, Benedito Daniel afirma que são as próprias autoridades estatais que violam os direitos humanos no país.
"Dizer que em Angola não se violam os direitos humanos não 'e verdade, em muitas partes do território nacional os direitos humanos são violados pelos próprios policias e agentes da justiça," disse
Angola está envolvida numa campanha diplomática para entrar para o Conselho de Segurança da ONU e também para a Comissão de Direitos Humanos.
Falando em Nova Yorque Chikoti disse que “não há violação dos direitos humanos em Angola".
"Há, naturalmente, incidentes que podem, por vezes, ferir algumas pessoas, mas não há uma política de violação dos direitos humanos por parte do Governo angolano", declarou.
O jurista da associação Mãos Livres David Mendes disse que em Angola "não há liberdade de expressão”.
“Quer isso significar que a liberdade de expressão não faz parte dos Direitos Humanos? Será essa a visão do ministro?" interrogou Mendes para quem "dizer que em Angola o sistema judicial funciona e bem 'e só para quem vive numa outra Angola de utopia e não numa Angola real onde nos vivemos".
A recente detenção do jovem revolucionário Nito Alves, por não comungar com os ideais do governo 'é para Mendes um exemplo flagrante de violação de direitos humanos no país.
"Como é capaz de se justificar a prisão do jovem de dezassete anos porque é contrário à ideologia do regime angolano,” disse.
“Isto não é violação de direitos humanos? Quando se espanca e prende manifestantes!" acrescentou.
Outra activista de direitos humanos da Associação Justiça Paz e Democracia, Lucia da Silveira defende que o governo olhe mais para dentro e deixe de se preocupar apenas com a imagem de Angola no exterior.
"É importante que o governo pretenda dar este passo mas é necessário que não seja simplesmente a prática corrente do governo querer uma imagem internacional boa mas a nível interno não faz nada para respeitar os direitos humanos no país".
Essa ideia é partilhada pelo Deputado da UNITA, Raul Danda que disse que
“o governo devia preocupar-se primeiro em resolver os muitos problemas que os angolanos passam, antes de querer se virar para outras coisas".
"As pessoas hoje em Angola ainda não tem se quer liberdade de se pronunciarem sem correr risco de serem presas, intimidadas ou ameaçadas por dá cá aquela palha," acrescentou.
Outro deputado pela bancada parlamentar do PRS, Benedito Daniel afirma que são as próprias autoridades estatais que violam os direitos humanos no país.
"Dizer que em Angola não se violam os direitos humanos não 'e verdade, em muitas partes do território nacional os direitos humanos são violados pelos próprios policias e agentes da justiça," disse