quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Activista denuncia detenções em Cabinda. Aldeões fogem para as zonas urbanas


José Manuel
VOA

Espancamentos, torturas e perseguições a cidadãos em toda a extensão do território da província  é o balanço provisório das detenções das últimas semanas de cidadãos suspeitos de terem ligações com a FLEC, segundo uma denúncia tornada pública por activistas de direitos humanos em Cabinda.
A denúncia faz referência da detenção de um total de 10 cidadãos, todos civis, por alegado envolvimento em acções de rebelião armada na provincia de Cabinda.

De acordo com os denunciantes, de 30 de Agosto à 12 de Setembro , 6 pessoas foram detidas por suspeitas de terem uma ligações com a FLEC de Nzita Tiago, que ainda reivindica a independência do enclave, não obstante ter sido assinado em 2006, um acordo de paz  e reconciliação com uma facção independentista de Cabinda.

Segundo a denúncia, no dia 30 de Agosto, um camponês, foi detido  pelas Forças governamentais, quando se encontrava a trabalhar na sua lavra.

Um outro idoso, de 70 anos de idade, foi raptado por elementos das FAA e da Policia Nacional, na sua residência por suposta colaboração com FLEC na cidade de Cabinda.

As detenções arbitrárias, intimidações de cidadãos, de acordo com um activista dos direitos humanos, Marcos Mavungo, intensificaram-se neste últimos tempos.

Os cidadãos são constantemente acusados de manterem ligações com a FLEC, impedidos de irem à caça, às lavras, à pesca, refere o activista para quem muitas  áreas do Dinge, os populares são assoladas pelas intimidações, e muitos já abandonaram as suas aldeias em busca de segurança em meios urbanos.

Nessa gama de detenções se destaca a prisão de um proeminente colaborador da mais alta governação da província que pode ser indiciado por um crime contra a segurança de estado.
Imagem: Apoiantes da FLEC, em Cabinda


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