Lobito - Na madrugada de quarta feira, 18 de
Fevereiro, por volta das 3 horas da madrugada, dois indivíduos usando a farda
do exército nacional e fazendo uso de uma metralhadora AKM e de um revolver,
iniciaram a ação de assalto à residência do coordenador da OMUNGA, de acordo às
informações prestadas pelo Manel que se encontrava de guarda às instalações da
OMUNGA.
Fonte: quintasdedebate.blogspot.com
É importante recordar que os escritórios
da OMUNGA localizam-se na parte traseira da residência onde habita José
Patrocínio.
De acordo ainda às informações do Manel,
os dois indivíduos vieram a pé, pela rua que limita a Academia Militar, no
Bairro da Luz, perto da porta de armas, e dirigiram-se de imediato à
residência.
O que se acompanhava da metralhadora
ficou encostado a uma viatura que se encontrava estacionada de fronte à casa,
enquanto o outro avançou até à entrada do quintal que dá acesso às traseiras e
aos escritórios da OMUNGA.
Foi aí que encontrou o Manel que estava
de serviço e cumprimentou-o – boa noite. O Manel respondeu – bom dia. Ai já é
dia, atira o fardado e continua – você é que é o guarda desta casa? O Manel
respondeu – Sim e o que quer? É nesta altura que o fardado puxa da pistola
pondo bala na câmara e apontando para o Manel diz – Ainda perguntas o que eu
quero? Fica de pé. Ao mesmo tempo o outro fardado que ficara de alerta põe
também bala na câmara da AKM e avançam juntos contra o guarda. Aqui
esbofetearam o guarda e obrigaram-no a ir-se embora, tendo este ficado a certa
distância observando.
De acordo ao Manel os mesmos
permaneceram no espaço por volta de meia hora tendo depois se retirado
calmamente a pé na direcção oposta da rua.
É nessa altura que o Manel retorna ao
local e desperta o coordenador da OMUNGA que se encontrava a dormir na sua
residência, para contar o ocorrido e questionar se não tinha sofrido alguma
ação dos meliantes.
Foi assim que se deu conta que havia a
janela arrombada e tinham desaparecido da casa do coordenador da OMUNGA a
câmara fotográfica e o telefone que se encontravam em cima da mesa de trabalho.
A casa não foi remexida nem mais nada
desapareceu. O pequeno gerador ficou no quintal. Apenas a câmara fotográfica e
o telefone da movicel tipo android foram à vida.
Será importante recordar que a 22 de
Dezembro, José Patrocínio foi brutalmente retido dentro da referida Academia
Militar enquanto Alexandra de Vitória Pereira fora agredida pelos militares por
apenas terem estacionado a viatura frente à referida unidade militar. Nessa
altura a OMUNGA endereçou uma carta ao Comandante da referida instituição a
exigir os devidos esclarecimentos e responsabilização. Sem resposta até hoje.
A pergunta fica no ar. Que proteção
garante esta academia militar dentro do Bairro da Luz se os seus militares
agridem pacatos cidadãos e deixam circular meliantes fardados e com metralhadoras
pelas ruas? Afinal o que pretendiam estes presumíveis meliantes? Vieram
directamente à residência, a pé, fardados e com arma de guerra e só levaram a
câmara fotográfica e o telefone!
A queixa avança junto da investigação
criminal e demais instituições.
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