A nova taxa vai incidir sobre transferências de dinheiro para o
estrangeiro. Muitos portugueses vão ter ainda mais dificuldades em enviar
dinheiro para Portugal. Na prática, os salários líquidos acabarão por sofrer um
corte.
A criação de uma
taxa sobre as transferências de dinheiro para fora de Angola faz com que os
salários de quem lá trabalha, nomeadamente os dos portugueses, diminuam.
Trata-se de uma
medida temporária que pode chegar aos 20% e que, além de afetar o rendimento de
quem lá trabalha, coloca várias empresas em risco.
Ouvido pelo
Diário Económico, Luís Marques, da consultora EY Angola, não tem dúvidas em
dizer que se trata de “um impacto direto nos respetivos salários líquidos,
diminuindo a atratividade de trabalhar em Angola”.
À mesma
publicação, o fiscalista João Espanha disse estar perante um “duro golpe, sobre
tudo para os que mantém responsabilidades em Portugal e não podem enviar
remessas de fundos para o nosso país”.
Uma sugestão
passa por parte dos salários ser pago fora de Angola, como acontece com muitos
trabalhadores de quadros elevados. Mas não é algo típico de acontecer com a
maioria dos trabalhadores.
O fiscalista
Tiago Caiado Guerreiro refere mesmo que, no último ano, muitos eram os que “já
tinham dificuldade em enviar dinheiro para Portugal pelas restrições impostas
pelo Banco Nacional de Angola”, pelo que optavam por trazer dinheiro em mão.
Mas também isso
vai ser mais difícil, devido ao maior controlo nas fronteiras angolanas.
Modificado
emterça, 24 fevereiro 2015 19:02
ANGOLA24HORAS
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