quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Isabel dos Santos poderá ficar com a totalidade do BFA




OPA lançada esta semana pelo CaixaBank ao banco português BPI é uma oportunidade para a fusão do BFA com o BIC Angola.
A empresa Santoro, de Isabel dos Santos, poderá ser uma das mais beneficiadas com oferta pública de aquisição (OPA) lançada esta semana pelo CaixaBank ao banco português BPI, informa o jornal Expresso.
Uma das condições do banco catalão CaixaBank é a aprovação, em assembleia-geral, da desblindagem de estatutos na administração do BPI, algo que exige 75 por cento dos votos. A Santoro aproveitaria a oportunidade para aceder ao Banco de Fomento de Angola (BFA), uma das aquisições do BPI, “a um preço muito favorável”, escreve João Rendeiro, fundador do extinto BPP, no seu blogue. Segundo Rendeiro, Isabel dos Santos poderia avançar “para a fusão do BFA com o BIC Angola criando um pólo bancário dominante no país”.
A oferta do CaixaBank tem sido um dos temas mais discutidos no mercado português nos últimos dias. Se concordar com a venda, o BPI passa a integrar completamente as operações do CaixaBank em Espanha, terá uma redução brutal dos custos, compromete o processo de compra do Novo Banco – antigo Banco Espírito Santo – e ainda poderá perder as acções do BFA.
“A OPA implicou, assim, um pré-acordo de venda dos 50,1 por cento do BPI no BFA à Santoro como condição do seu apoio”, lê-se no blogue de João Rendeiro. Os 50,1 por cento do BFA serão vendidos por uns EUR 350 milhões (USD 398 milhões), “uma pechincha” para a venda de uma posição de controlo de um banco com uma taxa de retorno de 35 por cento. O valor da venda, além de “pouco favorável”, segundo o empresário, corresponderia a três anos de lucros.
Apesar de estar no centro da questão, Isabel dos Santos ainda não assumiu uma posição quanto à oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank sobre o BPI.
RA
ANGOLA24HORAS

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