Simpatizantes do movimento anti-islão
Pegida em Viena JOE KLAMAR/AFP
Movimento Pegida nasceu em Dresden e
levou nesta segunda-feira a cabo a primeira acção fora da Alemanha.
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Uma marcha de umas 250 pessoas com
bandeiras austríacas cantando “nós somos o povo” desfilou nesta segunda-feira
em Viena, inspirada nas manifestações de Dresden do movimento anti-islão Pegida
que provocaram um enorme debate na Alemanha.
Em Viena, uma contramanifestação foi
superior em número mas a marcha dos simpatizantes do Pegida (acrónimo para
Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente) acabou por se realizar
esta segunda-feira. As duas acções foram rigorosamente vigiadas por 1200
polícias, sem que tivesse havido incidentes ou detenções.
O Governo austríaco fez uma série de
propostas para atacar o extremismo islâmico depois de responsáveis estimarem
que cerca de 170 pessoas foram da Áustria para a Síria e Iraque para lutar ao
lado de grupos extremistas. Entre as medidas propostas estavam a obrigação de
ter traduções standardizadas do Corão em alemão e a proibição de financiamento
estrageiro para organizações muçulmanas a operar no país.
Na Alemanha,
o crescimento do Pegida de uma marcha com poucas centenas de pessoas a cada
segunda-feira para um movimento que chegou a juntar 25 mil pessoas provocou
debate e a oposição de figuras como a chanceler e de instituições como o jornal
Bild, assim como uma
enorme onda
de contramanifestações que impediram marchas do movimento nas
principais cidades alemãs. Mas depois de cinco dos membros fundadores
terem decidido fazer um movimento rival, não é certo o que irá acontecer na
Alemanha.
Em Viena, Georg Immanuel Nagel,
estudante de Filosofia de 28 anos, porta-voz do movimento na Áustria, explicou
ao jornal Die Presse que o
Pegida austríaco quer “o fim da política de appeasment
[apaziguamento]” para os muçulmanos do país, cerca de meio milhão.
Pediu ainda leis semelhantes às que proíbem a glorificação do nazismo serem
usadas também para quem glorifique ou promova a sharia ou lei islâmica.
Ao contrário da Alemanha, em que nenhum
partido importante elogiou o Pegida, na Áustria Heinz Christian Strache, líder
do partido de oposição FPÖ (extrema-direita), que está a par dos partidos
centristas na coligação no poder nas sondagens, disse apoiar o “movimento de
direitos cívicos”.
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