O Instituto de Fundos Soberanos atribuiu ao Fundo Soberano de Angola
(FSDEA) oito pontos em dez possíveis, tornando-o no segundo mais transparente
em África, a seguir à Nigéria, e nos melhores 30 dos cerca de 80 analisados.
De acordo com a
informação publicada no sítio na Internet deste Instituto, que serve de
referência para este setor, consultado hoje pela Lusa, o Fundo Soberano de
Angola obteve oito pontos em dez possíveis no último trimestre do ano passado,
ao ser analisado através do Índice de Transparência Linaburg-Maduell.
O FSDEA,
liderado por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente de Angola, consegue
inclusivamente ter uma melhor classificação do que o Fundo Pula, do Botswana, que
é frequentemente citado como um exemplo de boas práticas nesta área.
Divido em dez
alíneas que valem um ponto cada, o Instituto analisa a transparência do Fundo,
não classificando a qualidade nem a quantidade dos investimentos, mas sim
aspetos como a disponibilização de informação sobre a história, as razões para
a criação do fundo, a origem da riqueza, a estrutura de acionistas, os
contactos e a morada, estratégias e objetivos claros, e valorização do
portefólio, entre outros.
"Desde o
lançamento em outubro de 2012, o Fundo Soberano de Angola não perdeu nenhuma
oportunidade para sublinhar o seu compromisso com a transparência, apesar de a
nomeação de José Filomeno dos Santos, o filho mais velho do Presidente, como
presidente executivo, ter estado a ser difícil de vender aos mercados e
analistas", que também olham com "inquietação" para a escolha de
uma única empresa de gestão de ativos, baseada na Suíça, e fundada por
Jean-Claude Bastos de Morais, descrito pela Economist Intelligence Unit como
"um privilegiado parceiro de negócios" do presidente do Fundo.
Num comunicado
de imprensa colocado na sua página na Internet, relativamente a esta
atribuição, o presidente do Fundo, José Filomeno dos Santos, afirma que "a
nota positiva do Índice de Transparência Linaburg-Maduell evidencia o
compromisso do FSDEA com na aplicação dos princípios recomendáveis e as boas
práticas de gestão, definidos pelos Princípios de Santiago, em todos os
aspectos da sua governação e actividades" e acrescenta que "esta classificação
é um marco importante para o Estado Angolano e demonstra o compromisso do FSDEA
com a prestação de um serviço responsável e eficiente para o benefício das
gerações actuais e futuras de Angolanos".
Entre outros
fundos lusófonos que aparecem na tabela, destaque para os nove pontos do Fundo
brasileiro e para os oito obtidos pelo Fundo de Timor-Leste.
LUSA
ANGOLA24HORAS
Sem comentários:
Enviar um comentário