quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Luanda. Ser humilhado no próprio país e...ninguém diz nada?


Nestes dias tenho acompanhado a humilhação de um meu dilecto amigo angolano - que até tem a responsabilidade de Director numa prestigiada multinacional - junto dos Consulados de alguns países europeus, para conseguir um visto de entrada num desses países, com a finalidade de participar numa importante reunião de trabalho: vai p'ra aqui, não há sistema; vai p'ra acolá, tem que agendar por e-mail (mas que não te respondem); vai p'ra lá, só em Dezembro. Por fim, fui com ele num outro consulado e nos disseram que "o melhor é mesmo dormir ali para poder receber uma das fichas limitadas que distribuem para dar entrada do processo". De facto, o meu amigo teve mesmo de pernoitar ali a partir das 21:30 hs e ficou em quarto lugar na fila do atendimento que só começou as 9:30 do dia seguinte.
Sei que os nossos consulados lá fora (nao sei se ineficiência ou por mania de grandeza) também tratam muito mal os outros cidadãos que vão lá pedir vistos e, até mesmo os angolanos que vão requerer, por exemplo um 'salvo conduto'. Eu próprio fui vitima disso por conta de um meu irmão que ficara sem documentos.
Bom seria que as competentes (?) autoridades pudessem rever essa situação de humilhação na nossa propria casa, até porque estamos a crescer... Sei que os grupos do poder (e seus mais próximos) aqui dentro estão protegidos pelos acordos que se fazem de supressão de vistos para a elite política e económica (e ate nalguns casos utilizando indevidamente os passaportes diplomáticos) mas... Nós, os míseros eleitores, estamos mesmo mal neste sentido.
Podia ser este uma proposta de reportagem para os jornais, rádios e tv's locais? Não sei. Como se diz por aqui: 'só falei, yá'.
In Domingos Das Neves. Facebook

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