terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bilhete de identidade e os filhos milionários (Fim)


Porque sem fazerem nada, basta como habitualmente na qualidade de accionistas aguardarem calmamente que os seus parceiros petrolíferos lhes creditem os milhões de dólares habituais nas suas contas especiais. O MPLA, SARL cumpre obedientemente as ordens superiores dos seus patrões estrangeiros que são: continuar sem escrúpulos a escravizar, a chicotear, a espoliar, a colonizar e neocolonizar o povo angolano.

O MPLA, SARL tem muitas filiais, rádios, televisões e jornais que espalham dia e noite as mentiras grotescas dos quase cinquenta anos de informação estalinista e nazista. Tal e qual como numa religião, o MPLA, SARL apresenta-se nas vestes de Deus e impõe a ignorância e a superstição nas populações. E juram que não existe ninguém como ele, com irresponsabilidades acrescidas, com experiência inigualável na governação da corrupção. Assim continua na imposição das trevas marxistas-leninistas. Completamente soltos, deslavados, conluiados com os amigos importados. Sem oposição que lhes faça frente, apenas a de ocasião. É uma ténue oposição do cifrão (?). É uma oposição estóica porque de tanto apanhar ainda impele: vós, MPLA, já estais satisfeitos? Se não, podeis malhar-nos mais até à exaustão.

Os filhos milionários garantem que são empresas mas não. São quadrilhas locais, nacionais e internacionais. Quando unidas ao governo que já deixou de o ser, é cigano.
E edificaram tamanha multidão de analfabetos que se impossibilitou constituir, prosseguir tal nação. E os escravos não conseguiram libertar-se. E Angola não conseguiu libertar-se do neocolonialismo, extingue-se. E com a secular frustração o mergulho alcoólico é certo. E a independência trouxe-nos mais pavor, horror, torpor. Resta o fim, a desilusão. A ilusão dos campos de concentração.
Neste campo de concentração do terror luandino, o nosso petróleo não beberemos. Os nossos diamantes não comeremos. Nas torres, prédios e condomínios, cagaremos. Nos bancos e nos banqueiros mijaremos. E também cagaremos e mijaremos nos estádios de futebol. Aos nossos saudáveis arcos, flechas e tangas voltaremos.

É um crime neste momento esbanjar dinheiro em futebóis da fome.
Internacionalmente os preços baixam e nos otários de Luanda sobem. Por aqui se vê o desempenho da equipa económica (?) governamental.
Nós, os do MPLA, asseguramos que cumprimos a nossa missão histórica. Finalmente já nada resta para destruir. Angola não é um país, é o que resta da África.
Luanda aos poucos evolui para um gigantesco necrotério. Parecem os tempos da guerra sem ela. A escravidão e o colonialismo continuam, ainda não acabaram. Até agora não houve nenhum movimento de libertação que nos libertasse.
O MPLA não combateu Salazar para libertar o povo angolano. É que Salazar não gostava de corruptos. O MPLA não é um partido político. É um grupo de maus actores que representam bem um filme macabro. O mais importante é construir prédios, qualquer coisa de betão. A população que mendigue, se arraste abandonada, sem futuro. Este governo do MPLA é como o fumar, mata!

Como é que ficarão os chineses quando se libertarem do comunismo? Os dias e especialmente as noites continuam sobrecarregados, ultrajados de neocolonialismo. As grandes importações de álcool contribuem para o desenvolvimento da pátria angolana. Vem aí mais uma farsa eleitoral angolana à Vaticano cardeal. Vota-se, sai fumo branco… e eis um vencedor eleito por Deus. O que é necessário é outra má receita para cozinhar as próximas eleições.

E com os milhões de dólares gastos nos estádios de futebol… no Can 2010, a nossa economia desenvolve-se, cresce. É mais uma mais-valia para o crescimento dos nossos bolsos pessoais. Depois, tudo às moscas, em ruínas. Estas coisas não conservam empregos. Só conservam a vaidade… dos vaidosos. Nos portões quase cinquentenários da nossa recessão, numa economia sem contabilidade, sem vendas a crédito. Na tragédia da economia da selvajaria. Foi, e será sempre, o investimento adequado para permanecer eternamente na sombra da bananeira do poder.
"Nos tempos dos escravos levavam-se os grandes e os fortes, e deixavam-se para trás os débeis e os enfermos. Hoje, os grandes e os fortes vão por sua própria vontade, vivem um inferno para atravessar o Mediterrâneo e chegar ao sul da Europa, encontrar trabalho e um lugar para dormir.” In Trevor Manuel, ministro das finanças da África do Sul

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