O meu professor cursou-me nos vexames, reexames da nossa tragédia enganadora. Já não tem valor a sua lembrança de tão igual, anormal libertação
Desta não analgésica governança ilustrada no fabrico de cadáveres inquisitoriais. Santo Oficinais dos Manuais Médios desactualizados, sebentas, sebentos
Isto não é de um, de nenhum, a todos pertence!
Acobertaram-se no sistema donde ninguém escapa dos campos concentrados
estalinizados, resignados na espera do malevolente Minotauro
Violência que acontece a um sucede a todos, a todas
A morte. Psicopatológico ritual, nesta moda habitual. Faleceram na inglória concentração
Primos, pai, irmão. Casa assaltada, carro. Crises palúdicas crónicas
Condescendeu, já bebeu, ascendeu ao paraíso terreal
A proa do vento forte cambaleia-o original, marginal
«Este vento norte, agreste, sopra forte sem leste
Está norteado pela tirania que nos consome, vento alcoólico importado
desgraçado, pelo governo encomendado. Nem aqui estou sossegado
Álcool importado… afora fico inebriado
Ó vento da Jasmim porque me empurras assim?
Que mareação… deixem-me bolinar a mastreação
O vento perdeu a cabeça. A minha está lenta, normal, áspera
A bebida está comigo, ou eu com ela?»
Vai chover! Pingos estão a aquiescer!
«Ah! É a ultima compra que fizeram. Importação de nuvens. Chuva importada
Muita chuva, ventos, furacões, ciclones, tufões. O céu está inundado de almas ébrias»
Ai!ai!ai! olha esse bêbado da motorizada atropelou a criança. Hê!hê!hê!.. matou-a!?
«Muitas mortes, poucas nascenças. Deficit demográfico. Mais uma importação…
Reprodutores equilibram a raça».
Com tantas vacas a pastar por aí?
«Dípodes de importação fácil».
Habituei-me, sentia-o como uma lápide
Eles, governantes passantes, anunciantes da precoce, precária vaidade
Estribilham as ruas, possantes nos alto-falantes dos cavaleiros metálicos andantes
Abrem passagem a um, a outro, a outros macrocéfalos pedantes
Não fossem as sanções, seriam carro-conceitos com mísseis atómicos
Adequados a repintar o quadro, muitos quadros da quadra Guernica
Fariam, mas fazem, um vendaval da minha venda Estremecem-na
Mergulhadas, submergidas no submarino do álcool bento
E prometem o habitual mas já sabemos que nunca o cumprem
Voltar às promessas, à prestação até à exaustão
Retornar aos dízimos, à dizimação
desta intransparente, insolvente governação
Empenhada a curto prazo na urgente dissolução dos nossos casebres
Os elementos dos lamentos da incurável congestão
Os fantasmas existem, subsistem, perseguem-me nos meus sonhos
Quanto mais ignorância melhor governação
Glória aos descendentes da hipocrisia na Terra
Um movimento de libertação, um pedaço de pano como bandeira, um hinista, um poetastro, tiros de canhão.
Mais uma nação. Outra opressão
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