Diz o ditador: sem violência arbitrária, este mundo seria uma tristeza.
Enquanto o poder estiver com os idiotas, a fome nunca acabará.
Outra vez! Antes eram os russos e cubanos, agora são os chineses.
Existe escassez de cemitérios ou os mortos são abundantes? Extermínio da população em curso?!
O futebolista tem a inteligência nas pernas, o sábio tem-na no cérebro.
O Senhor da Constituiçao padece imutável. Os filhos dos famintos dispersam-se, perdidos não sabem o que querem. O nosso segredo é fazermos tudo em degredo. Adormecemo-los com narcóticos poderosos. Quando acordam enchem-se de visões. De vez em quando tentam espantar-nos com os seus temores. E acabam eles por estremecer. São apenas espíritos que se arrepiam nos seus devaneios. Somos mais justos que Deus e assim queremos continuar, mas os tempos infelizmente estão sempre a mudar. Não confiamos no nosso povo, são muito falsos, traiçoeiros.
Mesmo que lhes ponhamos boas escolas, boas casas, rebentam com tudo. Têm muita razão quando depois dizem que foi o governo. Até se queixam de uma simples torneira estragada que lhes inunda a casa. E que o governo não resolve nada, não os ajuda. São muito sacanas, um povo safado. Não procuram sabedoria, (também quem lha dará?!) e quando se lhes fala nisso, inventam uma doença. Dizem que não têm tempo, e quando o têm a cabeça começa a doer quando se lhes dá um livro para ler. Mas são muito simples, muito humildes. Basta uma caixa de papelão vazia, alguns pacotes de bolacha, cigarros, umas bebidas e já está o negócio montado. Não são muito exigentes, nem empreendedores porque os filhos milionários receberam Angola de bandeja. De qualquer modo já chegam os problemas que têm. Para quê complicar as coisas?
Apelo aos esfomeados a que busquem o MPLA, SARL
Vá, respondam! Para qual dos demónios se virarão? A ira é o nosso prazer; são tolos porque não têm oposição. Tentam construir casas, mas logo são amaldiçoadas, derrubadas, arrasadas. Parece que os vossos filhos estão a salvo, mas não há ninguém que os liberte. Os famintos não têm nada para devorar; nem espinhos têm para comerem; e os assaltantes estão sempre atentos. Da terra não sai nada; Só aflição. Nascem para trabalhar, o que não há; por mais que se levantem estão sempre a cair.
Buscarei sempre o MPLA, SARL; não adianta contestarem. As coisas diabólicas são feitas pelo MPLA, SARL; e são tantas que já lhes perdemos a conta. Terra com chuva a mais, as colheitas destruídas; esse é o dom do nosso Chefe Eterno. Só os nobres têm direito aos lugares altos; e daí vêm a vossa salvação. Os mais espertos que nós são aniquilados; e as vossas mãos não carregarão nada. Não admitimos concorrência de sábios; os conselhos partem de nós.
De dia e de noite sem luz para que andem às apalpadelas. A minha mão forte pega na espada para castigar os prevaricadores. Esta é a esperança dos pobres. Bem aventurados os que o Chefe Eterno castiga; nunca desprezem os nossos castigos. Porque as vossas chagas e feridas não serão curadas, e é preciso ter sorte, que os hospitais tenham medicamentos. Das angústias não se livrarão, porque o Chefe Eterno vos tocará. Nunca se livrarão da fome da morte; nem da guerra, nem da violência da minha espada.
Por mais que fujam não se livrarão dos açoites; serão assolados pelas marchas forçadas das maratonas. Não os temerei e da vossa fome rirei. Comerão as pedras e a terra dos campos. Tudo faltará nas vossas habitações; viverão sempre em tendas. Não terão sementes para multiplicar; só o capim crescerá.
Nem sepulturas terão na velhice; nem tempo, nem trigo. Estamos fartos de os admoestar; oiçam e meditem o que o Chefe Eterno vos esclarece.
Os famintos não se podem queixar
Oh!.. se alguém conseguisse pesar a miséria que já causei; felizmente que não existem balanças para essa tarefa. Teria que ser mais pesada que os campos petrolíferos e diamantíferos; é por isso que os esfomeados não valorizam as minhas palavras. Todo o poder e o veneno do Chefe Eterno estão comigo; os esfomeados tentam armar-se contra mim. Que se cumpram os meus desejos e que o Chefe Eterno se mantenha sempre no poder. Nunca mostramos compaixão aos aflitos; nem àqueles que temem o Chefe Eterno. Envergonham-se porque confiaram em nós; andam confusos com tantos partidos políticos.
Não conseguem livrar-se do opressor; gostam dos tiranos. Calem-se; e nunca nos apontem erros. Nem tentem repreender-nos; cairá sobre vós um vento de metralha destruidor. Por mais que nos implorem nunca serão servidos; habituem-se às nossas mentiras. Voltai para junto de nós, porque a causa do Chefe Eterno é justa.
O meu paladar vem do reino; e o vosso da sua miséria. Cansaram-se da guerra; finalmente a paz, que mais querem?! O esfomeado espera ao sol que lhe paguem o salário. Não consegue dormir porque até de noite trabalha. Descomunais são as noites, o seu fim também. Não têm roupa para vestir, não podem comprar medicamentos. Morrem de doença porque não têm dinheiro. Na verdade a esperança é a primeira coisa a morrer; por isso já a perderam.
Se milhões de seres humanos aplaudem os pés dos jogadores, isso significa que são bípedes.
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