quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Cavaleiro do Rei (75). Brevemente teremos em Angola uma fábrica para suprir as carências dos mais necessitados.


Continuam a enviar-nos o que importamos… tudo… cebola, alhos, batata, limão, tudo envelhecido. Carne que depois de frita, cozida ou assada dez minutos depois não se consegue comer. São as sobras da democracia deles. E ainda rematam:
- Não se preocupem, isso é para os pretos, eles comem qualquer merda. Estão habituados a passarem fome.

Carlos Contreiras do PRA, Partido Republicano Angolano, afirmou que as fronteiras do Norte e do Sul estão a descoberto.
O país está a ser invadido. Significa que Angola será dominada lentamente por outros povos estrangeiros. O país não consegue controlar as fronteiras. Porque militares e polícias abandonados cobram qualquer coisa para sobreviverem.
Depois cantarão que o país está a ser novamente invadido, apelarão outra vez ao falso patriotismo da Pátria ameaçada. Não resultará porque o povo perdeu a identidade cultural. Evoluíram, são nómadas.

Trinta anos depois sempre com as mesmas tiradas:
Brevemente teremos em Angola uma fábrica para suprir as carências dos mais necessitados.
A curto prazo será inaugurado um empreendimento que há muito se esperava.
A médio prazo, Angola não terá mais que importar medicamentos porque será construída uma das fábricas mais modernas de África. O financiamento está devidamente assegurado. Para nos informar disso temos na Rádio Nacional…
No próximo ano com financiamento garantido de cerca de 50 milhões de dólares, desconhecem sempre os montantes exactos, teremos o abastecimento de água garantido. A energia eléctrica com os investistes em curso sobrará para alimentar outras áreas.

Nos próximos anos Angola, com grandes financiamentos conseguidos através da Anip – Agência Nacional do Investimento Privado, acabará com a fome no país. Estes investimentos contemplarão numa primeira fase as populações mais carentes.
A notícia correcta seria:

A Filda, Feira Industrial de Luanda, conseguiu este ano um número recorde de empresas portuguesas que expõem nesta feira os produtos e os seus serviços. São cento e quinze empresas que dão tudo por tudo para exportarem a sua miséria para Angola. Depois exportam os lucros para o seu país. Para financiarem os seus projectos e nós aqui a passarmos fome.
Uma sobrinha quando lhe falo nestas coisas canta-me:

Estou bem vestida
Bem despida estou
Graças ao Eterno
Que me escravizou

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