sábado, 30 de janeiro de 2010

O Cavaleiro do Rei (78). O ambiente em Luanda, em Angola, está numa impenetrável selvajaria. Quem conseguirá sobreviver-lhe?


Suspeita de bomba em Londres.
Os que roubam o nosso dinheiro para os bancos da Europa estão aterrorizados. Pensavam que lá estavam seguros, mas estão muito inseguros. Não dormem bem. Acordam com pesadelos a ver a Al-Qaeda explodir-lhes o dinheiro.

Um arquitecto comentou que o peso da água armazenada nos prédios pode ocasionar o desabamento a qualquer momento. Nos terraços e especialmente no subsolo é ainda mais perigoso devido às fugas que um grande tanque subterrâneo pode causar.
Lembraram-se disto passados trinta anos. É uma governação muito cuidadosa.

Dois bebés abandonados.
Um foi encontrado morto por um “mineiro que escavava” nos contentores à procura de comida. Viu o saco e pensou: «Hoje vou comer boa carne».
O outro, a mãe deixou-o encostado algures à espera que alguém o apanhasse para lhe dar comida. As mães preferem abandonar assim os seus bebés, do que vê-los a morrerem, a padecerem de fome.
Este reino está perdido e jamais se encontrará.

Os jovens finalmente decidiram escolher o caminho que acham ser o mais certo, o mais curto para o suicídio colectivo. Não, não são os da rua. São os que têm pais e família auto-sustentada. Normalmente reúnem-se em grupos de doze. O que recebe o vencimento no fim do mês, quando lhes pagam, manda comprar seis caixas de cerveja. Bebem até desmaiarem. O jovem continua assim até acabar o dinheiro. Depois é a vez do outro e do outro. Até que a vida lhes diga adeus. Esperam calmamente pela morte. Já não têm vontade de viver. Cadáveres que fazem o possível por se manterem de pé. Pais e mães perderam-lhes a vontade, a noção do diálogo. Também estão coniventes. Deram-lhes a lição de que não vale a pena viver.

Dizem que as jovens não servem para namorar. Existe o receio da Sida. Elas, talvez sirvam os piores exemplos. Não oferecem garantias de estabilidade. Querem divertir-se de qualquer maneira, não com um, mas com muitos.
A curto prazo para continuarem os destinos do país teremos que importar jovens. Estes já não servem. Talvez possam ser utilizados como provedores de bebidas.

CAPÍTULO XXIII
O EXÍLIO

«O ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, disse um dia destes, penso que no Sumbe, que os jornalistas devem estar preparados para transmitirem mensagens que fortaleçam a democracia em Angola e consolidem a paz e unidade nacional.»
Orlando de Castro em: http://altohama.blogspot.com/2008/08/os-conselhos-do-ministro-manuel.html

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