Bilhete de identidade: cartão ou documento que, expedido por autoridade competente, contém dados essenciais que identificam seu portador (nome, filiação, data de nascimento, assinatura e impressão digital do portador etc.); bilhete de identidade, carteira de identidade. In dicionário Houaiss
Com mais duas fotos fica bilhete de identidade de cidadãos nacionais. Mais duas fotos bem lindas seriam Estaline e Lenine ou Robert Mugabe e Hitler. Mas as duas fotos verdadeiramente apropriadas seriam a de uma zungueira a ser espoliada por polícias ou os casebres destruídos e também espoliados. Ou ainda a população num campo de concentração e crianças ao relento, no martírio do frio e da chuva mortais. E neste reino das conferências os convidados torcem, desviam as palavras como o compositor alemão, salvo erro, Richard Strauss, que na sua música não denunciava, esquecia as atrocidades nazis nos campos de concentração.
Correctíssimo também seria as fotos de Holden Roberto e Jonas Savimbi. As fotos de Agostinho Neto e de José Eduardo dos Santos destinam-se apenas a fins políticos. A tentar convencer que só existem dois líderes em Angola, um falecido e outro renascido. Pretende-se cilindrar as mentes até à exaustão, derretê-las de depressão. A espelhar o desprezo de identificações que nos vota, na comemoração do seu aniversário o PR conviveu, enalteceu a miséria das populações devidamente bem identificadas do Panguila.
É inútil confiar em alguém que está enamorado, bêbado ou em campanha eleitoral. Shirley MacLaine
Serão a reencarnação dos espíritos das feras? Assim, governar é uma selva exemplar. Este MPLA é matreiro como os lobos. Então, aqueles que sempre estiveram com ele, agora que já não precisa, abandona-os nos esburacados tendais rodeados e assolados por vendavais. Quando soar, rebater mais confusão, os chineses que o apoiem. É como as igrejas que nos bombardeiam com os seus cultos barulhentos. Não são igrejas de Cristo, são parcerias do demónio. Eis a actual situação de Angola sem bilhete de identidade. Numa opressão e espoliação jamais consentidas que nos conduzirão inevitavelmente para outra luta armada. Muito mais violenta que a anterior.
Existem idiotas no poder que parece que não pensam. O bilhete de identidade adulterado vitima-se, reflecte as tremendas alterações climáticas que desfarão, arrasarão tudo o que se construiu. E então veremos a inutilidade de tanta construção e do gozo impune da identificação.
Tanto dinheiro gasto em vão. Assim não haverá dinheiro que chegue… desde que lhes baste, que nos imponham a fome. É necessário proibir, velarem-se leis que cassem a actividade dos especuladores da identificação. Tal como as empresas imobiliárias em que Angola é só deles. Que sejam imediatamente detidos. Que se lhes faça tenaz perseguição. Que se criem grupos de pressão “vingadores”. Que sejam vassourados para sempre da face da terra angolana.
Assim nunca sairemos do caminho da oposição submissa das esquinas silenciosas.
Estes são os tempos mais violentos de que há memória. E eles, os tempos, continuarão, os governos apoiam, originam tão selvático estado de coisas que por pouco nos inibiremos de sairmos das nossas casas. Por enquanto ainda podemos andar em algumas ruas. Quase que não passamos de inúteis traumatizados. Apenas nos lamentamos e afora isso pouco ou nada mais fazemos. Não tomamos opções, estamos como que amarrados no tempo.
Deixamos as coisas andarem. Tornámo-nos cobardes porque nos deixamos condenar, escravizar por qualquer governo ou governante de meia-tijela. Para gáudio dos ditadores e dos seus falsos valores. Ainda não repararam que está quase proibido duas pessoas se amarem? As ruas metem-nos medo porque a qualquer momento nelas somos assaltados, violados, roubados e assassinados. Depois os cidadãos vão jurar que o bilhete de identidade não lhes pertence. É dos cidadãos vitalícios Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos. Onde está, como fica o pessoal e intransmissível?!
As ruas aterrorizam-nos, tornam-nos doentes mentais à espera de tratamento adequado. E depois a justiça não funciona, ou demora muito nas montanhas de papelada que produz. Compramos uma arma legal ou ilegalmente e aí vamos nós para a nossa protecção pessoal e da nossa família. Infelizmente não podemos mais contar com a polícia porque os crimes são aos milhares… ou aos milhões?
Os filhos milionários
Em 1845, Garrett escreveu, nas "Viagens na Minha Terra", o que custava um rico a um país: a ruína no trabalho, a dissolução moral, a miséria mais escanzelada. Garrett não era comunista.
O patronato português, geralmente, é de um reaccionarismo bolorento. Além de demonstrar uma ignorância e uma incultura atrozes.
In Baptista Bastos. http://diarioeconomico.com/
Este MPLA das calendas é uma sociedade anónima de responsabilidade limitada. Tem um presidente do conselho de administração, administradores e directores que repartem entre si as receitas petrolíferas do tal fundo da reserva especial. Os filhos do presidente do conselho de administração são milionários porque têm direito de sucessão e também ao mesmo saco sem fundo lá vão. O MPLA, SARL tem milhares de operários que devido há sua condição de escravos têm direito a não receberem um tostão. Têm outro direito: o de obrigar as suas esposas a vender em qualquer lado qualquer coisa para conseguirem o vencimento que o MPLA, SARL lhes usurpa. Os accionistas do MPLA, SARL investem muitos milhões no estrangeiro, em Portugal, e em Angola não investem no fornecimento de energia e de água. Escravos não necessitam destas benesses.
Imagem: FOLHA 8
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